Mianmar. Bispos pedem libertação imediata de Aung San Suu Kyi e de outros líderes
Vatican News
"Apelamos aos cristãos a rezar e jejuar para que a paz, a justiça e o desenvolvimento prevaleçam no país." Assim se expressa a Conferência Episcopal de Mianmar (CBCM) - informa a UCA News -, numa declaração divulgada na terça-feira, 9 de fevereiro, na qual exorta os militares a agirem de modo pacífico e a libertar imediatamente a líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e outros líderes detidos.
Os bispos, profundamente preocupados com a imposição do estado de emergência por um ano após a tomada do poder pelos militares em 1º de fevereiro, pediram aos cidadãos que se abstenham de todas as formas de violência e discriminação e solicitaram à comunidade internacional que dê uma mão ao povo de Mianmar.
Intensificam-se os protestos contra o golpe de Estado
Em toda a nação do sudeste asiático, os protestos contra o golpe de Estado, que afastou o governo liderado pela Liga Nacional para a Democracia de Suu Kyi, estão se intensificando.
Em 9 de fevereiro, milhares de pessoas saíram às ruas em Nay Pyi Taw, Yangun, Mandalay e outras cidades, desafiando a proibição de grandes aglomerações. Na capital Nay Pyi Taw, a polícia usou canhões de água, gás lacrimogêneo e munições verdadeiras.
Onu condena o uso da força
Durante as manifestações, uma mulher foi morta, outra foi hospitalizada e pelo menos 60 pessoas foram presas pela polícia, de acordo com relatos da mídia. As Nações Unidas condenaram o uso da força pelos oficiais de segurança pública e afirmaram o direito das pessoas de se reunirem pacificamente e expressarem livremente suas opiniões.
Na carta, assinada pelo presidente e pelo secretário geral da Conferência Episcopal de Mianmar, respectivamente, o cardeal Charles Maung Bo e dom John Saw Yaw Han, os prelados afirmaram que "os sacerdotes, religiosos e seminaristas não estão autorizados a realizar manifestações de rua com bandeiras da Igreja católica ou com símbolos católicos ou com os nomes de organizações católicas" e podem expressar seu apoio apenas como cidadãos de Mianmar. A diretriz foi recebida com opiniões discordantes dos católicos do país.
Vatican News – AP/RL
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