Sudão do Sul: 50 vítimas em três dias na região de Darfur Ocidental
Adriana Masotti - Vatican News
Nos últimos três dias em Darfur, uma das nove regiões sudanesas do oeste do país, os confrontos causaram mais de 50 vítimas, e 132 feridos. As lutas se deram entre grupos árabes armados contra grupos rivais não-árabes da comunidade étnica Massali na capital El-Geneina. O Conselho de Defesa do Sudão, a principal instituição de segurança do país, declarou na segunda-feira (05) à noite o estado de emergência e enviou tropas para a região onde a situação permanece tensa. De acordo com a agência das Nações Unidas para assuntos humanitários, os confrontos teriam eclodido depois que homens armados mataram a tiros duas pessoas de Massali, ferindo outras duas. Na ofensiva que se seguiu, uma granada também atingiu um campo de refugiados, causando um incêndio que destruiu várias casas. Uma ambulância também foi atingida pelo tiroteio.
ONU suspende ajudas humanitárias
Como resultado da violência, todas as atividades humanitárias foram temporariamente suspensas e as estradas bloqueadas. Mais de 700 mil pessoas foram afetadas. A cidade de El-Geneina, de fato, é o centro para a entrega de ajudas em toda a região. Além disso, acrescenta a agência da ONU, um número não especificado de pessoas fugiu de suas casas e se refugiou em mesquitas e prédios públicos próximos.
Os confrontos representam um desafio aberto para o governo de transição do Sudão em seus esforços para acabar com décadas de rebelião em áreas como Darfur. No início deste ano de acordo com as Nações Unidas, a violência tribal nas províncias do oeste e sul de Darfur matou cerca de 470 pessoas e forçou mais de 120 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, a fugir, incluindo pelo menos 4.300 que fugiram para o vizinho Chade.
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