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Caritas Líbano, um ano da explosão em Beirute: crise econômica ainda é dramática

Um ano após a explosão no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020, a situação econômica ainda é dramática no País dos Cedros. Segundo relatório do Unicef, afirma a Caritas Líbano, "30% das famílias com ao menos um filho salta uma refeição diária e 77% declara não ter comida suficiente". Além disso, "80% das escolas católicas correm o risco de fechar devido à falta de ajuda governamental. Os refugiados e toda a população libanesa continuam sofrendo com a prossecução da guerra civil na Síria"

Vatican News

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"Em 4 de agosto do ano passado tudo mudou para sempre no Líbano. O coração de cada libanês foi destruído. A explosão veio num momento crítico, entre o coronavírus e uma crise sóciopolítica e econômica sem precedentes."

Foi o que disse esta quinta-feira (29/07) a assessora de estratégia internacional da Caritas Líbano, Rita Rhayem, falando em um webinar organizado pela Caritas internacional, um ano após a explosão no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020.

Desde o início, a atuação da Caritas na linha de frente

Rhayem tem atuado nessa situação de emergência desde o início. "Muitos hospitais foram destruídos e os doentes tiveram que ser transferidos", lembra a assessora. "Nós também os tratamos, estávamos na linha de frente ajudando as pessoas necessitadas, organizamos encontros."

“As casas ficaram destruídas e silenciosas, mas nas ruas havia muita gente ajudando com a distribuição de alimentos. Muitas pessoas se ofereceram como voluntárias; levamos ajuda de porta em porta aos idosos que tinham medo de sair de suas casas e não comiam há três dias.”

A Caritas Líbano tem unidades móveis de saúde para diagnóstico e tratamento, equipes de psicólogos e equipes de engenheiros trabalhando na reconstrução das 300 mil casas que foram destruídas.

"77% das famílias não têm alimentos suficientes"

Um ano depois, a Caritas renovou pelo menos 1.700 delas e milhares estão quase concluídas.  2 mil estabelecimentos comerciais também receberam apoio no sentido de serem ajudados a voltar às suas atividades.

Mas a situação econômica ainda é dramática: "Segundo um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)", disse Rhayem, "30% das famílias com ao menos um filho salta uma refeição diária e 77% declara não ter comida suficiente". A taxa de inflação é superior a 40%, os salários foram todos depreciados".

Situação de emergência também no campo da saúde

Há também uma emergência no campo da saúde: "Os casos de Covid-19 estão aumentando, mas há falta de equipamentos e medicamentos; a eletricidade é racionada e os hospitais têm que desligar o ar condicionado apesar das temperaturas muito altas. Muitos trabalhadores da saúde emigraram para buscar melhores oportunidades no exterior".

Além disso, "80% das escolas católicas correm o risco de fechar devido à falta de ajuda governamental. Os refugiados e toda a população libanesa continuam sofrendo com a prossecução da guerra civil na Síria".

(com Sir)

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30 julho 2021, 11:32