Igreja em Singapura se une a projeto do governo contra radicalismo digital
Vatican News
Dar um basta ao radicalismo on-line, especialmente nas redes sociais: este é o objetivo do projeto-piloto lançado em 26 de junho pelo governo de Singapura e ao qual também aderiu a Arquidiocese local.
A proposta, avançada em particular pelo Ministério da Cultura e Juventude, conta com a participação de importantes empresas do mundo digital, como Facebook, Google, Twitter e Tik Tok, além de lideranças religiosas como do Conselho Nacional de Igrejas, a Fundação Taoísta e o Conselho Hinduísta.
O projeto se articula em três seminários, organizados por várias empresas do setor, que terão lugar nos próximos meses e terão como objetivo aumentar, entre os participantes, uma maior consciência sobre conteúdos sensíveis e sobre os riscos de radicalismo na web. Uma questão muito urgente, explicou o ministro da Cultura, Alvin Tan, especialmente depois que a pandemia obrigou as pessoas a usar mais a Internet, expondo-as a um risco maior de encontrar conteúdo extremista.
“As redes sociais podem tanto dividir como unir as pessoas - sublinhou Tan. Neste sentido, as empresas participantes do projeto procuram a melhor forma de influenciar o mundo digital de forma positiva, para que se torne um terreno comum”, não de confronto.
Especificamente, durante os seminários, será explicado como identificar e denunciar conteúdos perigosos on-line e como realizar debates abertos sobre temas particulares, como religião e racismo, sempre com o objetivo final de “encorajar mensagens de paz, amor e harmonia”.
Na origem do projeto, dizem os promotores, há fatos dramáticos, como a de um estudante cristão de 16 anos, preso em janeiro por planejar um ataque a duas mesquitas, após ser influenciado por radicais on-line. Ou ainda, o caso do soldado muçulmano de 20 anos, preso em março por planejar um ataque armado contra alguns judeus.
Em uma sociedade como a de Singapura, episódios semelhantes não têm precedentes: com uma população de cerca de 5,6 milhões, na verdade, o país é multiétnico e multirreligioso. A maior parte da população é de origem chinesa e budista; há também muitos muçulmanos malaios, enquanto os cristãos representam cerca de 15% do total.
Vatican News Service - IP
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