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Haiti. Camilianos na linha de frente para dar respostas concretas à população desorientada

"Nossos missionários estão na linha de frente para dar respostas concretas a uma população que a essas alturas se encontra em total desordem e completo desespero e pede nossa ajuda em oração e solidariedade para poder continuar, apesar de tudo, para dar vida e responder como sempre com um compromisso cada vez maior ao desespero de tantas pessoas, infundindo-lhes um raio de esperança", afirma o missionário padre Antonio Menengon, destacando o incansável trabalho dos Camilianos na Ilha caribenha

Vatican News

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Na quinta-feira, 8 de julho, a polícia do Haiti matou quatro "mercenários" e prendeu outros dois, que se acreditava responsáveis pela emboscada que, no dia anterior, custou a vida do presidente Jovenel Moise.

"Há mais de dois anos a ilha do Haiti está nas mãos de quadrilhas de criminosos que desestabilizam o país com ferocidade sem precedentes, bloqueando estradas, matando pessoas e sobretudo organizando a florescente indústria do sequestro, sem poupar ninguém e sem nenhuma misericórdia."

É o que o missionário Camiliano, padre Antonio Menengon, responsável pela Midian Orizzonti Onlus, associação que trabalha na Itália e nas missões Camilianas no exterior, escreve à Fides sobre este enésimo episódio brutal de violência.

A incansável obra dos Camilianos na ilha caribenha

"Apesar desta situação muito grave - acrescenta o missionário -, os Camilianos presentes no Haiti prosseguem sua obra incansável para que o Hospital São Camilo e o centro para deficientes São Camilo, a escola, continuem o trabalho para a construção de casas e a campanha alimentar que ajuda milhares de famílias a sobreviverem a esta terrível situação."

O religioso confirma que trabalhar em um contexto de violência cotidiana se torna cada vez mais difícil e salienta a importância de estar ali e dar uma resposta concreta às pessoas doentes, deficientes, pessoas sem trabalho, sem moradia e sem comida.

"Queremos estar perto dessa população extenuada pela violência e pela fome, tão tragicamente presentes que a pandemia da Covid-19 passou em segundo plano”, diz o Camiliano.

Um raio de esperança

"Nossos missionários estão na linha de frente para dar respostas concretas a uma população que a essas alturas se encontra em total desordem e completo desespero e pede nossa ajuda em oração e solidariedade para poder continuar, apesar de tudo, a fim de dar vida e responder como sempre com um compromisso cada vez maior ao desespero de tantas pessoas, infundindo-lhes um raio de esperança."

Neste tempo de violência, durante o qual os doentes, os feridos e o acolhimento de crianças deficientes têm aumentado, o Hospital São Camilo leva adiante seu compromisso.

Mais do que pobreza, uma situação de terrível miséria

"A esta altura - explica padre Antonio - não se pode mais falar de pobreza, mas de terrível miséria. Há vários anos, temos aumentado a ajuda alimentar a milhares de famílias que experimentaram e estão experimentando não apenas a virulência da Covid-19, mas também a multiplicação excessiva do vírus da fome."

"Muitos não podem sequer permitir-se uma barraca feita de zinco, papelão e barro; são forçados a alugar um colchão para dormir à noite e a posse de uma barraca tornou-se apenas uma miragem. Para responder a esta ulterior emergência, retomamos a construção de pequenas casas para ajudar pelo menos as famílias numerosas e dar-lhes abrigo. Só nestes últimos três meses já construímos 21 e continuaremos a fazê-lo porque dar um teto e estabilidade aos pais com 5 ou 6 filhos significa trazer segurança, higiene e saúde e, acima de tudo, prevenir o desajuste social e doenças".

(com Fides)

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14 julho 2021, 16:11