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A 32ª edição dos Jogos Olímpicos foi aberta em Tóquio na sexta-feira, 23 de julho (Reuters) A 32ª edição dos Jogos Olímpicos foi aberta em Tóquio na sexta-feira, 23 de julho (Reuters)

Durante os Jogos Olímpicos em plena pandemia, a grande urgência é "tomar cuidado"

"Os católicos no Japão compartilham esta opinião: os Jogos 'blindados', celebrados num clima de medo na sociedade, perderam parte de seu espírito festivo de fraternidade universal e mesmo para os católicos é agora impossível vê-los e vivê-los como uma oportunidade de evangelização." O missionário frei Becker explica que, "em geral, os organizadores poderiam ter adiado ou cancelado os Jogos para dar ao país a possibilidade de organizá-los quando as condições fossem melhores do que são atualmente"

Vatican News

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"A atitude mais difundida entre a população do Japão foi o pedido de cancelar ou adiar as Olimpíadas, devido à pandemia, por medo de um aumento de contágios. A situação que estamos vivenciando não é fácil. O critério mais importante que nos inspira hoje é a preocupação e o cuidado com o próximo, protegendo a saúde e o bem comum, no espírito da fraternidade".

Foi o que disse à agência Fides o missionário estadunidense em Tóquio, pároco na "Capela Franciscana" na capital japonesa, padre frei Russel Becker, OFM, ao tempo em que os Jogos Olímpicos estão em andamento no País do Sol Nascente, e a nação é castigada pela emergência pandêmica.

Impossível ver os Jogos como ocasião de evangelização

Observando as dificuldades vivenciadas pelas comunidades cristãs em seu trabalho pastoral e social, o franciscano explicou que, "em geral, os organizadores poderiam ter adiado ou cancelado os Jogos para dar ao país a possibilidade de organizá-los quando as condições fossem melhores do que são atualmente".

"Os católicos no Japão compartilham esta opinião: os Jogos 'blindados', celebrados num clima de medo na sociedade, perderam parte de seu espírito festivo de fraternidade universal e mesmo para os católicos é agora impossível vê-los e vivê-los como uma oportunidade de evangelização."

A esperança que apontamos é Cristo Jesus

Padre frei Becker observou que "as Igrejas no Japão continuam a proclamar o Evangelho do amor", mesmo em meio às limitações e restrições impostas pela pandemia. "Há sempre esperança, somos chamados a proclamá-la neste tempo em que é difícil para algumas pessoas vê-la: é Cristo Jesus".

"Apontamos para esta esperança e encorajamos as pessoas a serem otimistas: a abordagem da fé hoje é feita de cuidado e preocupação com os outros, é o mandamento evangélico do amor que supera o próprio egoísmo".

Temos que cuidar um do outro

O missionário acrescentou: "Somos parte do mundo, temos que cuidar um do outro, isto é o que nossa fé nos ensina. Vivemos como pessoas que cuidam dos outros com a atitude de fraternidade: recebemos os fiéis na igreja com um número limitado de lugares e reservas durante as missas, promovemos encontros bíblicas e cursos pré-matrimoniais on-line, com o máximo cuidado. Oramos para que um dia possamos sair da pandemia e encontrar caminhos evangélicos para conviver com os desafios que esta pandemia nos apresentou a todos nós".

Jogos Olímpicos: o Papa no Angelus de 25 de julho

No final do Angelus no domingo 25 de julho, na Praça São Pedro, o Papa Francisco também quis recordar a 32ª edição das Olimpíadas aberta em Tóquio no dia 23 de julho.

"Nesta pandemia - disse o Santo Padre -, que estes Jogos sejam um sinal de esperança, um sinal de fraternidade universal em nome da competição saudável." O Pontífice acrescentou: "Deus abençoe os organizadores, os atletas e todos aqueles que colaboram nesta grande festa do esporte".

(com Fides)

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29 julho 2021, 12:56