Olimpíadas: vitórias e derrotas em nome da esperança
Giancarlo La Vella e Fabio Colagrande – Vatican News
Em Tóquio, chovem medalhas entre lágrimas de alegria dos vencedores e de desilusão dos perdedores. É a lei do esporte: apenas um atleta será lembrado. Para os demais, a satisfação de ter participado e o compromisso de melhorar e dar um passo adiante na próxima edição. E o Papa Francisco, no final do Angelus de domingo (25), recordando a abertura das XXXII Olimpíadas em Tóquio, enviou uma bênção aos organizadores, atletas e a todos os que colaboram no que ele chamou de "uma grande celebração do esporte”.
Francisco desejou que, neste tempo de pandemia, os Jogos fossem um sinal de esperança, de fraternidade universal e de competição saudável. Em entrevista ao Vatican News, Dom Melchor Sanchez de Toca, subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura e presidente emérito da Athletica Vaticana, falou dos Jogos como um evento que pode dar esperança em um momento tão difícil para o mundo inteiro.
Citius, Altius, Fortius, sim, mas juntos
Dom Sanchez de Toca aponta que o Comitê Olímpico Internacional, antes de Tóquio 2020 mudou o lema olímpico "Citius, Altius, Fortius" (mais rápido, mais alto, mais forte), acrescentando a palavra latina "communiter", que em um de seus significados quer dizer "juntos". É uma decisão, afirma Dom Sanchez, que recorda a encíclica Fratelli tutti do Papa Francisco e restitui à atividade competitiva seu verdadeiro significado: os esforços esportivos são realizados individualmente, mas de fato compartilhados por todos os participantes, aderindo às mesmas regras e princípios de solidariedade e lealdade. É precisamente nesta pandemia que é importante entender e repetir que "ninguém se salva sozinho, mas todos juntos".
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