Tufão Rai mata mais de 370 nas Filipinas

Filipe Brogliatto - Cidade do Vaticano

Passa de 370 o número de mortos após a passagem do tufão Rai nas Filipinas. O secretário da Defesa Nacional Delfin Lorenzana - também responsável pela agência de desastres naturais - informou que as mortes são sobretudo devido à queda de árvores, desabamentos e inundações. Além disso, mais de 480 mil pessoas foram deslocadas e tiveram que deixar suas casas depois que o tufão devastou parte do arquipélago.

As autoridades locais seguem avaliando a extensão dos danos. Delfin Lorenzana fala de "comunidades inteiras arrasadas, sem eletricidade, água e comida". Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.

Segundo um relatório policial, ao menos 129 pessoas morreram na região central de Visayas, que inclui as províncias de Cebu, Bohol e Negros. Toda a província de Bohol, onde morreram 94 pessoas, ficou sem eletricidade. O governador Arthur Yap apelou para a doação de geradores, explicando que levará um mês para restabelecer a rede elétrica. Pelo menos 41 mortes foram registradas na região ao sul de Caraga, onde estão localizadas as províncias das Ilhas Dinagat e Sugirão do Norte. Outras 38 vítimas, são de outras províncias filipinas. Em virtude da dificuldade de comunicação, existem divergências entre os levantamentos da polícia e o do governo.

A Cruz Vermelha afirma que ocorreu uma verdadeira “carnificina” nas áreas costeiras. A tempestade derrubou postes de eletricidade, destruiu casas e inundou aldeias, produzindo cenas que lembram o supertufão Haiyan, ocorrido em 2013. O Haiyan, foi o ciclone mais mortal registrado no país, com um número de 7,3 mil mortos e desaparecidos.

O tufão Rai atingiu as Filipinas na quinta-feira (16/12), com ventos que, em sua intensidade máxima, chegaram a 195 quilômetros por hora e rajadas de 270 quilômetros por hora.  Já no sábado (18/12), o Rai se afastou do país, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo (19/12), estava no largo da costa do Vietnã, deslocando-se para o norte.

Oração do Papa no Angelus

Na tradicional oração do Angelus, o Papa Francisco recordou neste domingo (19/12) o povo das Filipinas, provado pela passagem do tufão Rai. Em uma Praça São Pedro repleta de fiéis e peregrinos que chegam ao Vaticano com a proximidade do Natal, o Pontífice expressou sua “proximidade com o povo das Filipinas”, um país majoritariamente católico.

Expresso minha proximidade às populações das Filipinas afetadas por um forte tufão, que destruiu muitas casas. Que o Santo Niño leve consolo e esperança para as famílias mais necessitadas, e inspire em todos nós ajuda concreta! A primeira ajuda concreta é a oração, e as outras ajudas.

*Com informações de agências