Busca

Refugiados ucranianos na fila para entrar na Moldávia Refugiados ucranianos na fila para entrar na Moldávia 

Moldávia e o risco de guerra. Cáritas com os refugiados

O Ministro das Relações Exteriores da Moldávia, Popescu falou de uma "deterioração perigosa da situação" no país. De acordo com dados da Agência da ONU - ACNUR, a Moldávia abriga atualmente 435 mil refugiados ucranianos. Mais de 300 pessoas estão hospedadas no pavilhão do centro de exposições MoldExpo em Chisinau. Padre Chobanu: as pessoas têm medo, rezamos pela volta à normalidade

Vatican News

O fluxo de refugiados ucranianos não pára. O grande pavilhão de exposições MoldExpo, em Chisinau, Moldávia, foi convertido em um centro de acolhida para refugiados que fugiram da Ucrânia. Ali encontram-se principalmente mulheres e crianças, mas também pessoas idosas e pessoas com deficiências. "De acordo com os últimos dados, a Moldávia acolheu mais de 435 mil refugiados ucranianos, muitos dos quais permanecem pouco tempo e partem para outros países, mas também há muitos que ficam aqui, cerca de 100 mil. Eles têm muita esperança de que o conflito termine logo e só sonham em voltar para suas casas”. Mas com a escalada do conflito nos últimos dias, especialmente na região de Donbass, desencorajou fortemente estes planos. Palavras de Gebreegziabher, representante da ACNUR, agência da ONU para refugiados.

Ouça e compartilhe!

A cada refugiado um cartão pré-pago da ACNUR 

A espera na Moldávia, especialmente na MoldExpo, onde mais de 300 refugiados estão alojados (sua "capacidade máxima é de 500 pessoas"), está sendo feita da melhor forma possível. Cada refugiado, registrado em um sistema de dados, recebe um cartão pré-pago com 2.500 Leu por mês, o equivalente a cerca de 130 euros por mês. Há também outra agência da ONU que ajuda as famílias que hospedam refugiados em suas casas por mais de uma semana: eles recebem uma soma única de 3.500 Leu moldavos. No resto do país existem inúmeros outros centros de acolhida, dos quais 99 são reconhecidos pelo governo.

Padre Petru Ciobanu, diretor da Cáritas de Chisinau, na Moldávia, fala sobre alguns aspectos humanitários das iniciativas.

"Temos medo, somos humanos"

"Há medo e insegurança entre o povo de nosso país", denuncia o Padre Ciobanu, da Moldávia, onde há receios de um alargamento do conflito em curso na Ucrânia. Um sentimento, explica, que não nasceu agora, mas que já se espalhou com as primeiras notícias sobre a intenção da Rússia de invadir a Ucrânia. “O medo não desapareceu", explica o sacerdote, "apesar do sucesso dos militares ucranianos em enfrentar os avanços russos. À luz do que aconteceu em Odessa com o bombardeio de civis e Tiraspol, a tensão também aumentou em nosso país”. E comenta sobre o chamado ao país para não entrar em pânico: "É claro que estas são reações humanas", o que é compreensível, admitiu ele.

A Igreja em campo para dar assistência

Desde os primeiros dias da guerra, quando os refugiados ucranianos começaram a se deslocar para a Moldávia, a Igreja local tem estado à sua disposição para ajudá-los em suas necessidades. Todas as nossas organizações caritativas", continua o padre Chobanu, "ainda oferecem abrigo, refeições quentes, assistência psicológica e espiritual. Nós também os ajudamos a encontrar um transporte seguro”. Enquanto isso, "os eventos mudam de um dia para o outro, mas esperamos que as coisas corram bem". Alguns dizem que a Rússia não vai intervir na Moldávia. Eu não acho que ele [Putin, ndr.] colocará em risco a população russa da Transnístria", acrescenta. “Como sacerdote", conclui, "posso dizer que estamos rezando para que a vida volte logo à normalidade".

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

28 abril 2022, 12:34