Sri Lanka escolhe novo presidente em 20 de julho
Em 20 de julho, o Parlamento do Sri Lanka elegerá um novo presidente que substituirá Gotabaya Rajapaksa. A notícia foi anunciada nesta terça-feira pelo presidente da Assembleia Legislativa Mahinda Yapa Abeywardena: os deputados se reunirão em uma primeira consulta em 15 de julho e depois prosseguirão com as eleições de um novo Chefe de Estado.
Neste meio tempo, parte da população continua a sofrer de fome devido à crise econômica: nos últimos dias, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) lançou um projeto de assistência a 3 milhões de pessoas.
Após os protestos de milhares de manifestantes que ocuparam a residência presidencial na capital Colombo, a oposição apresentou suas propostas para um governo de unidade nacional. O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe anunciou que deixará o cargo e seu gabinete confirmou a intenção de Rajapaksa de renunciar.
O Sri Lanka continua enfrentando a pior crise econômica desde a independência: a inflação está em 54% (a dos produtos alimentícios ultrapassou 57%), a dívida pública é superior a 50 bilhões de dólares e um empréstimo de 28 bilhões deve ser pago até o final deste ano. Devido à escassez de moeda estrangeira, o país não consegue importar combustível e outras necessidades básicas.
A agência para assistência alimentar das Nações Unidas (PAM) é que está prestando assistência à população, também por meio de um projeto voltado a fornecer alimentos a três milhões de pessoas até dezembro.
De acordo com um relatório recente da organização, cerca de 3 em cada 10 famílias (igual a 6,26 milhões de pessoas) estão em situação de insegurança alimentar, das quais 65.600, de uma população de 22 milhões, em nível grave.
O PMA tem previsto a compra de “arroz, leguminosas, óleo e alimentos básicos fortificados com ferro”, cuja chegada ao país “está prevista para agosto”, lê-se no relatório.
A assistência alimentar dará prioridade às “famílias que não têm condições de comprar alimentos cada vez mais caros e, em particular, aquelas com crianças menores de cinco anos, mulheres grávidas e lactantes e pessoas com deficiência”.
Até o momento, a organização recebeu US$ 18,1 milhões dos governos da Austrália, Japão e Nova Zelândia; o valor representa cerca de 28% de seu recurso emergencial que chega a R$ 63 milhões.
O Banco Central do Sri Lanka anunciou o calote em meados de abril. Há meses a população protesta na capital Colombo e em outras partes do país exigindo a renúncia do governo.
*Com Asia News
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