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Um homem agita a bandeira nacional do Sri Lanka depois de subir em uma torre perto da secretaria presidencial em Colombo em 11 de julho de 2022, depois de ser invadida por manifestantes antigovernamentais. (Foto de Arun SANKAR/AFP) Um homem agita a bandeira nacional do Sri Lanka depois de subir em uma torre perto da secretaria presidencial em Colombo em 11 de julho de 2022, depois de ser invadida por manifestantes antigovernamentais. (Foto de Arun SANKAR/AFP) 

Sri Lanka escolhe novo presidente em 20 de julho

O presidente Gotabaya Rajapaksa, que tentou deixar o país por mar, deve renunciar na quarta-feira, 13. O Parlamento reunir-se-á para as primeiras consultas em 15 de julho. A população continua sofrendo com a fome: o Programa Mundial de Alimentos lançou um projeto para fornecer alimentos a 3 milhões de pessoas até dezembro.

Em 20 de julho, o Parlamento do Sri Lanka elegerá um novo presidente que substituirá Gotabaya Rajapaksa. A notícia foi anunciada nesta terça-feira pelo presidente da Assembleia Legislativa Mahinda Yapa Abeywardena: os deputados se reunirão em uma primeira consulta em 15 de julho e depois prosseguirão com as eleições de um novo Chefe de Estado.

Neste meio tempo, parte da população continua a sofrer de fome devido à crise econômica: nos últimos dias, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) lançou um projeto de assistência a 3 milhões de pessoas.

Após os protestos de milhares de manifestantes que ocuparam a residência presidencial na capital Colombo, a oposição apresentou suas propostas para um governo de unidade nacional. O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe anunciou que deixará o cargo e seu gabinete confirmou a intenção de Rajapaksa de renunciar.

 

O Sri Lanka continua enfrentando a pior crise econômica desde a independência: a inflação está em 54% (a dos produtos alimentícios ultrapassou 57%), a dívida pública é superior a 50 bilhões de dólares e um empréstimo de 28 bilhões deve ser pago até o final deste ano. Devido à escassez de moeda estrangeira, o país não consegue importar combustível e outras necessidades básicas.

A agência para assistência alimentar das Nações Unidas (PAM) é que está prestando assistência à população, também por meio de um projeto voltado a fornecer alimentos a três milhões de pessoas até dezembro.

De acordo com um relatório recente da organização, cerca de 3 em cada 10 famílias (igual a 6,26 milhões de pessoas) estão em situação de insegurança alimentar, das quais 65.600, de uma população de 22 milhões, em nível grave.

O PMA tem previsto a compra de “arroz, leguminosas, óleo e alimentos básicos fortificados com ferro”, cuja chegada ao país “está prevista para agosto”, lê-se no relatório.

A assistência alimentar dará prioridade às “famílias que não têm condições de comprar alimentos cada vez mais caros e, em particular, aquelas com crianças menores de cinco anos, mulheres grávidas e lactantes e pessoas com deficiência”.

Até o momento, a organização recebeu US$ 18,1 milhões dos governos da Austrália, Japão e Nova Zelândia; o valor representa cerca de 28% de seu recurso emergencial que chega a R$ 63 milhões.

O Banco Central do Sri Lanka anunciou o calote em meados de abril. Há meses a população protesta na capital Colombo e em outras partes do país exigindo a renúncia do governo.

*Com Asia News

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Sri Lanka continua enfrentando a pior crise econômica desde a independência
12 julho 2022, 13:41