Ministro Vieira Bento visita a Rádio Vaticano
Silvonei José – Vatican News
Recebemos na manhã desta sexta-feira (26/08), nos estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News o ministro da Cidadania Ronaldo Vieira Bento.
O ministro, mestre em Direito, é policial federal e 1º tenente da reserva do Exército Brasileiro. Servidor público de carreira do Executivo Federal desde 2005, atuou como coordenador do Conselho Estadual de Segurança Pública Portuária e como membro titular do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção do Governo Federal, dentre outros relevantes colegiados. Foi ouvidor-geral no Ministério da Justiça e Segurança Pública e chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Cidadania, contribuindo para a implantação de importantes políticas públicas, como o Programa Auxílio Brasil e o Brasil Fraterno-Comida no Prato.
O ministro Ronaldo está em Roma chefiando a Delegação oficial do governo brasileiro presente no Consistório neste sábado (27/08) para a criação de 21 novos cardeais, entre os quais 2 brasileiros: o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa e o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner.
No encontro com o jornalista Silvonei José, o ministro Ronaldo Vieira Bento falou da sua presença em Roma.
“Fui designado pelo presidente Bolsonaro para chefiar essa Delegação brasileira que vem aqui acompanhar a cerimônia do Consistório para a criação de dois novos cardeais brasileiros. É importante para uma nação como a nossa, uma nação que é majoritariamente católica, cristã, temente a Deus na sua maioria. Nós temos um Estado laico, porém não ateu. Nós temos na sociedade brasileira que acredita muito e é temente a Deus, na família, em liberdade, em todos os valores cristãos. Então é importante para o Brasil estar se fazendo presente aqui com uma Delegação oficial do governo brasileiro. Isso demostra a importância de um ato como esse para a fé e a nossa cultura brasileira.
P. A criação de dois cardeais para o Brasil demostra também o carinho, o afeto que tem o Papa Francisco pelo povo brasileiro, pela fé do povo brasileiro. Isso a gente vê também através do olhar que o Papa sempre nos dá quando pergunta como está o Brasil: “como está o Brasil?” Pergunto também ao senhor que vem dentro desse momento tão importante que é a expressão dessa unicidade, dessa união que temos como a Santa Sé, na pessoa do Santo Padre, mas também como povo brasileiro.
O Brasil, o mundo todo passa por um momento na recuperação social no pós pandemia. Vivemos ainda infelizmente um cenário de guerra, também envolvendo uma parte importante do mundo, da Europa. Então vivemos um momento singular, ímpar onde a união de todos e algumas ações assertivas têm que ser tomadas principalmente em benefício da população. Todos sofrem com um cenário como esse, mas existem aqueles que sofrem ainda mais, que é a população em situação de vulnerabilidade social, cuja política de assistência cabe ao nosso Ministério ao Ministério da Cidadania, que é o responsável pelos programas sociais e também esportivos do governo federal.
Então, o Brasil desde o primeiro momento entrou com ajuda forte a essa população. Muitos foram impedidos de estar trazendo o sustento para a sua casa com política do Lockdown. Isso gerou um aumento na insegurança alimentar. Então desenvolvemos programas como o auxílio emergencial reconhecido pelo Banco Mundial, reconhecido pelo FMI também como um programa dos mais eficazes que os governos adotaram durante a pandemia. E o resultado disso é que você vê que o Brasil sai de uma crise sanitária sem precedentes na nossa geração, sai de uma maneira muito forte em termos, tanto de desenvolvimento econômico, quanto de proteção social. Então nós temos índice de desemprego a menor da série histórica. O Brasil hoje traz uma taxa de juros baixos, uma inflação menor.
Tudo indica que até o final do ano ficará menor do que a Europa, os Estados Unidos, isso por conta daquilo que a gente tomou com primícia desde o início que é de ajudar a população. O governo, leal ao povo, voltado para a proteção do povo sem caracterizar o assistencialismo puro. Portanto, a geração de emprego e renda vem caminhando lado a lado com a assistência social, que chamamos de Assistência Social da Autonomia.
Diante disso, nós vemos também um cenário, no âmbito da América Central e da América Latina como toda a América do Sul, que nos preocupa também, enquanto cristãos. São fatos, que nos levam a refletir sobre a necessidade da gente ter um olhar muito firme com relação à manutenção da liberdade do nosso povo. Isso também é um dos principais focos do governo brasileiro, como um todo, para que mantenhamos o Brasil, como ele sempre foi: um país livre, um país que cultiva seus valores, seus propósitos, seus princípios, na sua grande maioria tementes a Deus, mas acima de tudo a liberdade do seu povo que é importante. Realmente uma situação que nos preocupa e a gente vê essa criação dos Cardeais também como um caminho de fortalecimento da fé cristã que tanta gente tem.
Eis a íntegra da entrevista com o ministro Ronaldo Vieira Bento.
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