Busca

3,4 milhões de crianças atingidas pelas inundações no Paquistão

Mais de 1.100 pessoas já morreram devido às inundações causadas pelas monções, um terço das quais crianças. Cerca de 200.000 casas foram completamente destruída e 450.000 danificadas. Cerca de 18.000 escolas foram destruídas. Mais de 700.000 animais de fazenda morreram; 2 milhões de hectares de plantações foram perdidos.

Vatican News

As inundações no Paquistão nas últimas semanas afetaram severamente 6,4 milhões de pessoas, incluindo 3,4 milhões de crianças. Os mortos são ao menos 1.136, um terço dos quais crianças.

Serão necessários mais de US$ 10 bilhões para reparar os danos e reconstruir a infraestrutura danificada pelas enchentes, disse o ministro do Planejamento e Desenvolvimento, Ahsan Iqbal. "Foram causados ​​danos maciços à infraestrutura, principalmente nos setores de telecomunicações, estradas, agricultura e meios de subsistência", disse ele.

Essas chuvas, "sem precedentes em 30 anos", segundo o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, destruíram ou danificaram seriamente mais de um milhão de casas e devastaram grandes áreas de terras agrícolas essenciais para a economia do país.

Autoridades e agências de ajuda humanitária não medem esforços para acelerar a ajuda aos mais de 33 milhões de pessoas, ou um em cada sete paquistaneses, afetados pelas enchentes.

 

A tarefa é difícil, porque os rios de lama e pedras arrastaram várias estradas e pontes, isolando completamente certas regiões do exterior. No sul e no oeste, quase não há lugares secos e os deslocados têm que se aglomerar nas estradas principais ou nas ferrovias altas para escapar das planícies inundadas.

E nas áreas montanhosas do norte, as autoridades ainda estão tentando alcançar os povoados isolados, o que pode aumentar ainda mais o número de mortos.

Autoridades paquistanesas atribuem o clima devastador à mudança climática, dizendo que seu país está sofrendo as consequências de práticas ambientais irresponsáveis ​​em outras partes do mundo.

Inundações agravam situação das crianças

 

Cerca de 200.000 casas foram completamente demolidas e 450.000 danificadas. Cerca de 18.000 escolas foram destruídas. Mais de 700.000 animais de fazenda morreram; 2 milhões de hectares de plantações foram perdidos; mais de 3.000 km de estradas foram danificadas e 145 pontes são inseguras ou não existem mais.

Para agravar a situação terrível, a maioria dos 66 distritos mais atingidos estão entre os mais vulneráveis ​​do Paquistão. As crianças, que já sofriam com altas taxas de desnutrição, falta de acesso à água e saneamento, baixa matrícula escolar e outras privações, agora estão feridas, sem casas, escolas e até mesmo água potável. Estima-se que mais de 3,4 milhões de crianças tenham sido direta ou indiretamente afetadas. Alguns desses distritos também abrigam mais de 400.000 refugiados que fugiram recentemente do Afeganistão.

O UNICEF, que tem escritórios de campo em todas as 3 províncias afetada - juntamente com o governo, outras agências das Nações Unidas e ONGs parceiras -, está reprogramando os recursos existentes e aproveitando suprimentos de necessidades básicas para fornecer apoio urgente e vital. Já foram fornecidos serviços de emergência imediata e suprimentos no valor de US$ 1 milhão. Também está sendo distribuída água potável, suprimentos médicos, medicamentos e vacinas que salvam vidas, alimentos terapêuticos e kits de higiene para crianças e famílias. Também estamos montando centros de aprendizagem temporários e cuidando da proteção e do bem-estar psicossocial das crianças afetadas.

No Baluchistão, o UNICEF estima que mais de dois terços dos hospitais e unidades de saúde e 40 a 70% das escolas foram danificadas. Cerca de 300.000 pessoas em seis distritos foram ajudadas, tendo sido montados campos de saúde para atendimento de emergência, feita vacinação para prevenção de epidemias, realizado atendimento a gestantes e serviços de saúde e nutrição. Também estão sendo tratandas crianças com desnutrição, 40% das quais já sofriam de desnutrição crônica antes da crise.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

30 agosto 2022, 08:16