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UNICEF: milhões de crianças africanas vão se beneficiar da vacina contra a malária

O UNICEF compra, anualmente, mais de 2 bilhões de doses de vacinas para a imunização de rotina e responder às epidemias de quase 100 países.

Manoel Tavares - Vatican News

A malária é uma das maiores responsáveis da morte de crianças menores de 5 anos. Em 2020, só na África, cerca de meio milhão de menores morreram de malária, ou seja, uma criança por minuto.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 países têm áreas de transmissão moderada ou alta da malária, onde a vacina pode proporcionar proteção adicional contra a doença para mais de 25 milhões de crianças por ano.

A vacina contra a malária “RTS,S” é o resultado de 35 anos de pesquisa e desenvolvimento; é a primeira vacina, feita até agora, contra uma doença parasitária.

Em 16 de agosto de 2022, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) fez um contrato com a GSK, a maior empresa de vacinas do mundo, para providenciar uma vacina contra a malária. O valor do contrato foi de 170 milhões de dólares. Esta importante alocação disponibilizará 18 milhões de doses de “RTS,S/AS01” nos próximos três anos, que poderão salvar, todos os anos, milhares de vidas.

Em 2020, só na África, cerca de meio milhão de crianças morreram de malária, ou seja, uma criança por minuto.

Etleva Kadilli, Diretora do Departamento de Fornecimento do UNICEF, afirmou: "o lançamento desta vacina é uma mensagem clara para que os pesquisadores de vacinas contra a malária continuem seu trabalho, porque tais vacinas são necessárias e urgentes”.

"Esperemos – continua Etleva Kadilli - que este seja apenas o início. É preciso uma contínua inovação para descobrir vacinas novas e de nova geração para aumentar a oferta disponível e permitir um mercado de vacinas mais vantajoso. Este é um grande passo adiante, em nossos esforços coletivos, para salvar a vida de crianças e reduzir o peso da malária, como parte de programas mais amplos de prevenção e controle da malária".

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 países têm áreas de transmissão alta ou moderada da malária, onde a vacina pode proporcionar proteção adicional contra a doença para mais de 25 milhões de crianças por ano, uma vez que a oferta aumentar.

A vacina contra a malária “RTS,S” é o resultado de 35 anos de pesquisa e desenvolvimento e é a primeira vacina, feita até agora, contra uma doença parasitária. A vacina funciona contra o “Plasmodium falciparum”, o parasita da malária que causa maior índice de mortalidade no mundo, sobretudo na África.

Em 2019, o uso do projeto piloto de rotina da vacina foi iniciado em três países: Gana, Quênia e Malavi, como parte do Programa de Implementação de Vacinas contra a Malária, coordenado pela OMS. A experiência e os testes, geradas pelos projetos-piloto, levaram a OMS, em outubro de 2021, a recomendar o uso generalizado da primeira vacina contra a malária, em países com transmissão alta ou moderada do parasita “Plasmodium falciparum”. Pouco tempo depois, em dezembro de 2021, a decisão da “Gavi”, - Aliança para Vacinas, - de financiar programas de vacina contra a malária, em países idôneos, abriu alas para uma difusão mais ampla da vacina.

Dr. Seth Berkley, diretor executivo da Gavi - Aliança para Vacinas – declarou: "recentemente, abrimos a primeira janela de inscrição para apoiar a Gavi no lançamento da vacina contra a malária. Graças ao trabalho de provisão do UNICEF, agora temos mais certeza sobre os fornecimentos e, assim, podemos dar um passo ulterior para distribuir esta vacina, que salva a vida de pessoas que mais necessitam. Com o aumento da produção, esperamos que o incremento dos pedidos leve também a preços mais baixos e sustentáveis”.

Este é o resultado de 18 meses de intensa preparação e consulta com a indústria e parcerias. O UNICEF, maior comprador mundial de vacinas, acelerou as ações para concluir as negociações de aquisição, a fim de assegurar que não haja atrasos na obtenção de fornecimentos disponíveis da vacina contra a malária para proteger as crianças vulneráveis. Espera-se que seja alta a demanda da vacina contra a malária nos países mais afetados. Como acontece com qualquer vacina nova, a oferta será limitada, inicialmente, para aumentar, com o tempo, à medida que a capacidade de produção atingir o nível necessário. Com o aumento dos pedidos, espera-se que os custos por dose possam diminuir. Já estão em andamento os planos para aumentar a produção, inclusive por meio da transferência de tecnologia, para que todas as crianças em risco tenham a oportunidade de ser imunizadas contra esta doença mortal.

O UNICEF apoia a diversificação regional da produção de vacinas e encoraja a GSK, a maior empresa de vacinas do mundo, e outros produtores de medicamentos a levar em conta parcerias com empresas africanas.

Como maior comprador de vacinas do mundo, o UNICEF tem uma experiência única e de longa data em fornecimento e logística para ajudar as crianças mais necessitadas. O UNICEF compra, anualmente, mais de 2 bilhões de doses de vacinas para a imunização de rotina e responder às epidemias de quase 100 países.

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17 agosto 2022, 15:44