UNICEF, seis meses de guerra na Ucrânia: as crianças devem ser protegidas
Vatican News
Há seis meses, desde quando a guerra na Ucrânia começou a se intensificar, as Nações Unidas verificaram que quase mil crianças ucranianas foram mortas ou feridas pelos atos de violência.
Isso significa que, cerca de cinco crianças morreram ou ficaram feridas, todos os dias, desde o início da guerra; entre as 362 crianças que morreram, 149 eram meninas, 175 meninos e 38 de sexo desconhecido; entre as 610 crianças feridas, 172 são meninas, 236 meninos e 202 de sexo desconhecido.
No entanto, provavelmente, o número real é bem maior. Em áreas de intensas hostilidades, recentes ou em andamento, os dados ainda estão em fase de verificação, sobretudo, nas regiões de Donetsk, Luhansk e Kharkiv, onde os combates ainda estão em andamento.
A maioria das vítimas civis registradas pelas Nações Unidas, inclusive as mortes e mutilações de crianças, foi causada pelo uso de armas explosivas em áreas povoadas, como também por ataques aéreos, mísseis ou artilharia pesada.
Para as crianças, o impacto das armas explosivas é devastador: as que sobrevivem, muitas vezes, sofrem danos físicos e psicológicos impressionantes; algumas perdem a visão, a audição ou alguns de seus membros. Quase todas as crianças precisam de assistência psicossocial crítica e prolongada.
As armas explosivas causam graves prejuízos às crianças, mesmo indiretamente. Nas áreas povoadas, as armas explosivas destroem estruturas e infraestruturas vitais para as pessoas, como encanamento de água, corrente elétrica, postos de saúde, hospitais e escolas, excluindo as crianças dos serviços essenciais.
Enquanto o povo ucraniano e a comunidade internacional vivem a escalada de seis meses da guerra, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência) faz um apelo aos Estados membros da ONU e parceiros humanitários para que utilizem todos os meios disponíveis para proteger a vida das crianças na Ucrânia e dupliquem seus esforços para acabar com a guerra.
Logo, o UNICEF apela às partes em conflito e aos que as sustentam para que “cessem as hostilidades na Ucrânia e assegurem a proteção de todas as crianças, contra todo tipo de violência. As crianças querem que esta guerra acabe e haja uma paz duradoura, para que possam retomar sua infância, voltar à normalidade e se recuperar das deficiências”.
O UNICEF pede ainda que sejam respeitadas as normas do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, inclusive os princípios de distinção e proporcionalidade, como também que sejam tomadas as devidas precauções para a proteção da população civil e dos bens civis, incluindo as crianças e as instalações críticas, das quais dependem e confiam.
Além do mais, o UNICEF pede para que sejam diminuídos os riscos de morte e mutilação de menores, evitando o uso de armas explosivas em áreas residenciais, urbanas ou densamente povoadas. Enfim, solicita ainda às partes em conflito para que protejam as crianças dos ataques às escolas, mediante a atuação da aprovação da Declaração sobre Escolas Seguras.
Por fim, o UNICEF informa que está disposto a cooperar com todas as partes em conflito, às quais exortam a tomar medidas para a defesa dos menores e cooperar com todos os Estados membros, a fim de acabar com as graves violações dos direitos da infância, seja na Ucrânia como em todas as regiões em conflitos. O UNICEF continua a manter seu compromisso de trabalhar, segundo os princípios humanitários: humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência.
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