As famílias de crianças doentes encontram o Papa: ajuda recíproca é fundamental
Adriana Masotti – Vatican News
Na Audiência Geral da última quarta-feira (07/09), dia em que a Igreja celebrou a Natividade da Virgem Maria, o Papa Francisco dedicou um pensamento às mães e especialmente àquelas com filhos em sofrimento. A ouvi-lo na Praça São Pedro, estava um grupo de mães, e pais, que conhecem bem o que significa cuidar de crianças doentes e, neste caso, crianças que sofrem de atresia de esôfago, uma patologia congênita que impede o recém-nascido de se alimentar normalmente devido a uma anormalidade no esôfago. O Papa Francisco cumprimentou as famílias e, no final da audiência, se entreteve com cada criança, abençoando-a e dando-lhe o Terço.
Com meu filho um percurso não fácil, mas hoje ele está aqui
Entre as famílias presentes na praça também a de Elisabetta Moretti que chegou de Recanati. O seu filho, Francisco, tem seis anos e sofre de atresia de esôfago. Foi ela quem pediu ao mons. Nazzareno Marconi, bispo de Macerata, que apoiasse seu desejo de participar de uma Audiência Geral, depois de já ter cumprimentado o Papa, há alguns anos, num contexto semelhante. Desta vez, porém, ela queria trazer consigo outros pais que vivem o mesmo percurso com seus filhos e que hoje formam um grupo de mais de cinquenta famílias ligadas por uma chat com a qual mantêm sempre o diálogo vivo. No microfone do Vatican News, ela descreve a emoção pelas palavras do Papa e sua experiência particular como mãe:
Sra. Elizabetta, na quarta-feira a senhora estava na Praça São Pedro na Audiência Geral junto com outras famílias. E o Papa no final dirigiu uma saudação a todos vocês. Como a senhora viveu esse momento?
Foi uma emoção incrível, indescritível, todos nós choramos porque todos nós carregamos muito sofrimento, muitas internações de nossos filhos que, como sempre dizemos, nasceram várias vezes, ou seja, toda vez que saíam da UTI, toda vez que fizeram uma operação e são crianças que mostraram ser realmente guerreiras. Cinco, seis anos atrás conhecemos todas essas famílias, mas não somos uma associação, nos conhecemos nas redes sociais e tínhamos em comum essas experiências de internações, operações e o longo calvário dessa patologia. Então decidimos todos juntos ir ao Papa e fazê-lo abençoar, fazê-lo tocar nossos filhos, porque para nós era muito importante, depois de tudo o que eles enfrentaram.
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