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UNESCO: ações para combater o antissemitismo on-line

Por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro, a UNESCO solicitou as empresas de mídia social a intensificarem sua luta contra o antissemitismo e a negação e distorção do Holocausto on-line. A Organização já estabeleceu parcerias com Meta e Tik-Tok como um primeiro passo fundamental, mas há um longo caminho a ser percorrido.

Vatican News

"À medida que entramos num mundo com cada vez menos sobreviventes que possam testemunhar o que aconteceu, é necessário que as empresas de mídia social assumam a responsabilidade de combater a desinformação e proteger melhor aqueles que são alvo do antissemitismo e do ódio", disse a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay.

Tomar medidas on-line através da moderação e da educação

Quase 80 anos após o Holocausto, é necessária uma maior vigilância para verificar o crescimento do antissemitismo, do discurso do ódio e das ideologias genocidas. São feitos esforços crescentes para capacitar os usuários, bem como para assegurar que quaisquer medidas tomadas estejam de acordo com os padrões internacionais de liberdade de expressão e direitos humanos.

Na mesma direção, a UNESCO e o Congresso Judaico Mundial desenvolveram recursos on-line sobre a história do Holocausto e seu legado, que agora são utilizados por Meta e TikTok para combater a disseminação de conteúdos que o negam e distorcem.

Os usuários destas plataformas são alertados quando consultam conteúdo sobre Holocausto para garantir a confiabilidade da fonte e são encorajados a saber mais sobre os fatos visitando um site com conteúdo certificado. No último ano, 3.426.436 usuários em 180 países visitaram o site AboutHolocaust.org.

Números alarmantes, especialmente no Telegram e no Twitter

Infelizmente, o antissemitismo, a negação e distorção do Holocausto continuam a proliferar em todas as plataformas, e os números são alarmantes. A pesquisa da UNESCO, publicada com as Nações Unidas em 2022, constatou que uma média de 16% dos posts de mídia social sobre o Holocausto falsificaram a história, e esta taxa sobe para 49% no Telegram, que não é moderada de forma alguma.

No Twitter, em 2022, 17% dos posts nas mídias sociais sobre o Holocausto falsificaram a história. Mas a situação se deteriorou consideravelmente após o agitações na empresa no final do ano. Em novembro de 2022, de acordo com dados coletados pela UNESCO, houve um aumento significativo nos níveis de conteúdo antijudaico, com um aumento de 23% no uso de termos depreciativos em comparação com o ano anterior.

A UNESCO atuando também nas escolas, para ensinar às crianças sobre o Holocausto

A UNESCO também implementa programas em todo o mundo para promover o conhecimento sobre o Holocausto e o genocídio. Em fevereiro de 2023, a UNESCO e o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos treinarão funcionários do Ministério da Educação no Brasil, Camboja, Colômbia, Equador, Grécia, Índia, Marrocos, Nigéria, Ruanda e Sérvia para desenvolver projetos ambiciosos de educação sobre Holocausto e genocídio nos 10 países.

Em 2023, a Cátedra UNESCO sobre Educação em Genocídio da Universidade do Sul da Califórnia e parceiros começaram a treinar professores, superintendentes e diretores de escolas nos Estados Unidos para abordar o antissemitismo nas escolas. Marca um ano de ações globais onde a UNESCO estará trabalhando com os Estados Membros para tratar do antissemitismo através da educação em países como Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, França, Itália, Espanha, e continuar suas atividades com o Reino Unido e em toda a América Latina.

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27 janeiro 2023, 11:56