Ucrânia, trégua na crise dos grãos. Em Kiev, o enviado chinês
Giancarlo La Vella – Vatican News
Por mais dois meses, o trigo da Ucrânia, país que sempre foi considerado o celeiro do mundo, pode voltar a ser exportado. A informação foi confirmado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, que continua a controlar com atenção especial o tráfego comercial de cargas que passa pelo Mar Negro, onde estão localizados os portos ucranianos, de onde partem os navios carregados de grãos. Os países africanos, em particular, dão um suspiro de alívio, pois são destinatários da maior parte dos grãos ucranianos.
Diplomacia: a tentativa chinesa
Na frente diplomática, a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia está sendo realizada nesta quinta-feira, 18 de maio, mas os olhos da comunidade internacional estão voltados principalmente para a missão diplomática chinesa. O enviado de Pequim, Li Hui, reuniu-se ontem em Kiev com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, que confirmou ao enviado da República Popular que a Ucrânia nunca aceitará propostas de paz que prevejam abrir mão da soberania e da integridade territorial. A referência à Crimeia e às áreas de Donbass ocupadas pelas tropas russas era óbvia. A resposta do diplomata de Pequim foi imediata: "não existe uma panaceia para resolver a crise". Para resolvê-la, afirmou, é preciso do compromisso de todos.
Voltam as bombas sobre Kiev
Enquanto isso, as tropas ucranianas estão avançando na região de Bakhmut, mas até agora progrediram apenas algumas centenas de metros. Mísseis russos chovem sobre a capital Kiev, onde o fogo antiaéreo está operando 24 horas por dia neutralizando o material bélico que cai sobre a cidade. Os danos relativos foram causados apenas por fragmentos que caíram no chão. Também ocorreram bombardeios russos em Odessa e Kherson, onde foram registradas três vítimas, incluindo uma criança.
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