Em 28 de julho, a oração pelo Sudão promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas
Por Ricardo Burigana
Amor e solidariedade: estas são as duas palavras que inspiram a oração ecumênica pela paz no Sudão promovida, na sexta-feira, 28 de julho, pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
O dia de oração pelo Sudão foi pensado para manter viva a atenção internacional sobre o país africano e para relançar o caminho rumo à reconciliação. Para o CMI, é preciso continuar denunciando o sofrimento dos sudaneses depois de terem falhado todas as tentativas de estabelecer pelo menos um cessar-fogo, para pôr fim aos confrontos que assolam o Sudão desde abril.
A guerra civil que se arrasta há anos provocou a fuga de muitos que procuraram uma saída, com um crescimento exponencial do número de refugiados nas últimas semanas, enquanto as condições dos que já viviam numa situação provisória se tornaram cada vez mais dramáticas, conforme denunciado pelas Igrejas e organismos internacionais.
Esta oração – para a qual o CMI pediu a participação de todos os cristãos, nos lugares onde se encontram, tentando conectar-se ao espaço virtual comum ou dedicando um tempo na sexta-feira - faz parte das iniciativas promovidas desde os primeiros dias de confrontos, a fim de tentar encontrar uma solução, não provisória, para as tensões que ensanguentaram a região nas últimas décadas.
Recordando também as palavras do Papa Francisco, do arcebispo Justin Welby, primaz da Comunhão Anglicana, e do então moderador da Igreja da Escócia, Iain Greenshields, durante a viagem ao Sudão do Sul em fevereiro passado, uma série de propostas foi apresentada para pedir aos cristãos que promovam um caminho de paz: num comunicado datado de 24 de junho, as organizações e as Igrejas cristãs presentes no Sudão reafirmaram seu compromisso pela paz, garantindo seu apoio a todos aqueles que trabalham para ajudar a estabilizar o país e a região, convidando a encontrar novos espaços nos quais seja possível intensificar o diálogo entre as diversas facções em campo.
Com a organização deste momento de oração, o CMI quis também responder ao pedido do Conselho das Igrejas Cristãs do Sudão e dos líderes religiosos do país africano, lembrando como os cristãos devem desempenhar um papel ativo na construção da paz. Sobre este aspecto, sobretudo nos últimos anos, multiplicaram-se as iniciativas ecumênicas com as quais se afirma o papel dos cristãos na promoção da reconciliação da memória, que se mostra ainda mais necessária no Sudão, pensando nas famílias atingidas pela guerra. Na formulação da oração, que recebeu o apoio de organismos ecumênicos e das Igrejas cristãs locais e internacionais, foi levada em consideração a necessidade de partilhar a experiência de sofrimento e esperança que anima o Conselho das Igrejas Cristãs no Sudão, de deter-se na Palavra de Deus, como fonte privilegiada para a construção da paz, de dar graças ao Senhor por todos aqueles que continuam trabalhando no país, e de confiar-se, onde parece não haver futuro, à força do Espírito para vencer os medos e interesses que impedem que a paz seja vivida.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui