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Crianças palestinas esperam para receber comiida em  Rafah. Foto: Vatican Media Crianças palestinas esperam para receber comiida em Rafah. Foto: Vatican Media 

Gaza: 625 mil crianças sem escola e lugar seguro para viver

No norte de Gaza, centenas de milhares de famílias permanecem isoladas e inseguras, com infraestrutura e serviços essenciais, como hospitais e saneamento básico dizimados. A população vive no risco constante de passar fome, contrair doenças, sofrer ferimentos ou até mesmo morrer.

Rosa Martins – Vatican News

Uma nota divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na manhã desta quarta-feira, 17 de janeiro, revelou que cerca de 700 mil crianças estão sem escola na Cisjordânia e outras 625 mil, na Faixa de Gaza por causa do conflito. De acordo com a instituição, há a esperança de que no segundo semestre de 2024, as crianças da Cisjordânia poderão retornar à escola.

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Faixa de Gaza

“Estou no sul de Gaza, onde as crianças e suas famílias estão lutando para chegar a um lugar seguro. Mas não há lugar seguro em Gaza. Não há para onde ir”, relatou o diretor nacional da Save the Children no território palestino ocupado, Jason Lee.

No norte de Gaza, centenas de milhares de famílias permanecem isoladas e inseguras, com infraestrutura e serviços essenciais, como hospitais e saneamento básico dizimados. A população vive no risco constante de passar fome, contrair doenças, sofrer ferimentos ou até mesmo morrer.

Diante da dramática situação de ataques constantes a casas, escolas, hospitais e abrigos de norte a sul, as ordens de transferência não podem oferecer segurança. Elas não podem garantir a sobrevivência das famílias, porque apenas as colocam diante da inconcebível “escolha” entre uma sentença de morte e outra.

Criancas da Faixa de Gaza. Foto: Vatican Media
Criancas da Faixa de Gaza. Foto: Vatican Media

Mais uma vez, deslocadas à força para áreas cada vez menores, sem nenhuma garantia de segurança ou perspectiva de retorno, e sem a infraestrutura necessária e o acesso a serviços que salvam vidas, as famílias estão sendo avisadas pelas autoridades israelenses para se mudarem. Não é possível concentrar um grande número de civis em áreas tão estreitas sem exacerbar uma catástrofe humanitária já terrível.

Faz-se necessário, mais do que nunca, que os líderes mundiais garantam um cessar-fogo agora. A cada hora que passa, mais e mais crianças estão pagando o preço do fracasso da política com suas vidas e seu futuro. Até que o cessar-fogo seja garantido, não haverá lugar seguro em Gaza.

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17 janeiro 2024, 13:16