Faixa de Gaza: a situação, em geral, é catastrófica, diz Médicos Sem Fronteiras
Vatican News
"Estamos horrorizados com o que aconteceu na Cidade de Gaza, onde mais de 100 pessoas foram mortas e cerca de 750 ficaram feridas, de acordo com as autoridades de saúde locais. As forças israelenses teriam aberto fogo contra palestinos que faziam fila para receber alimentos de caminhões de ajuda. A equipe de Médicos Sem Fronteiras (Msf) não estava presente no local e, devido à má qualidade das telecomunicações, não conseguimos entrar em contato com nossa equipe médica que ainda está trabalhando em alguns hospitais no norte da Faixa".
Essa foi a declaração de Isabelle Defourny, presidente da organização não-governamental de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras, após os trágicos acontecimentos desta quinta-feira, 29 de fevereiro, em Gaza.
Cerco total e uma campanha de bombardeio incessante
"No entanto, sabemos que a situação em Gaza, particularmente no norte, é catastrófica. Dias atrás, nossos funcionários nos disseram que não há alimento suficiente para comer, alguns estão consumindo alimentos para animais a fim de sobreviver. Eles também relataram a falta de água e, quando há, ela está contaminada e, portanto, causa de doenças", continuou Defourny.
Para ela, "essa situação é um resultado direto da série de decisões inconcebíveis tomadas pelas autoridades israelenses durante essa guerra: um cerco total, uma campanha de bombardeio incessante, obstáculos burocráticos e a falta de mecanismos de segurança para garantir a distribuição segura de alimentos do sul para o norte de Gaza. Além disso, há a destruição sistemática dos meios de subsistência da agricultura, do pastoreio e da pesca".
Msf "por um cessar-fogo imediato e duradouro"
"O norte ficou em grande parte sem assistência por meses, deixando as pessoas presas e sem escolha a não ser tentar sobreviver com pequenas quantidades de alimentos, água e suprimentos médicos. Bairros inteiros foram bombardeados e destruídos", lembrou a presidente da organização Msf, reiterando seu apelo "por um cessar-fogo imediato e duradouro".
"Pedimos às autoridades israelenses que permitam a distribuição sem impedimentos de ajuda humanitária e necessidades básicas, como alimentos, em toda a Faixa e que os ataques a civis cessem imediatamente".
(com Sir)
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