Quênia: situação dramática pelas inundações é prejudicada por rompimento de barragem
Andressa Collet - Vatican News
O Quênia tem sofrido com eventos climáticos extremos. Após as tempestades de março e as fortes chuvas com inundações sem precedentes que têm castigado o país africano no final de abril, nesta segunda-feira (29) foi registrado o rompimento de uma barragem que já fez pelo menos 46 mortes. O incidente ocorreu ao norte da capital Nairóbi, na localidade de Mai Mahiu, no Vale do Rift.
A onda de mau tempo aumentou o nível da água na barragem, chamada Old Kijabe, provocando o rompimento e varrendo as casas ao redor. A governadora do condado de Nakuru, Susan Kihika, disse à imprensa que a estimativa de vítimas é prudente, já que “ainda há muitas pessoas na lama” e equipes de resgate trabalham no local para encontrar sobreviventes. Segundo a governadora, o número de vítimas pode aumentar significativamente, tendo em vista que diversas casas foram destruídas e uma rodovia foi bloqueada.
As chuvas torrenciais, que têm sido agravadas pelo fenômeno climático El Nino, que estão assolando o país, já mataram ao menos 169 pessoas, deixando mais de 90 desaperecidos e interrompendo as aulas dos estudantes. O ministro da Educação, Ezekiel Machogu, anunciou prorrogação na abertura das escolas, anteriormente programada para segunda-feira (29), mas que agora terá de esperar até 6 de maio, a fim de evitar mais riscos e perda de vidas.
Arquidiocese de Nyeri em apoio às vítimas
O serviço meteorológico do país prevê que as chuvas no Quênia podem continuar durante todo o mês de maio. “Desde o final do ano passado”, disse o porta-voz Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, “as fortes chuvas afetaram a vida de 600 mil pessoas no Quênia”. As agências humanitárias, acrescentou ele, levaram ajuda a cerca de 25 mil pessoas em situações de emergência.
A Igreja também está fazendo a sua parte em apoio às vítimas das inundações. A Arquidiocese de Nyeri lançou uma campanha para arrecadar tanto doações como auxílio financeiro para ajudar as famílias afetadas. Dom Anthony Muheria, arcebispo local e vice-presidente da Conferência Episcopal do Quênia, pediu doações como cobertores, roupas, gêneros alimentícios. Que os fiéis "sejam movidos pelo espírito de caridade e solidariedade para ajudar as pessoas que enfrentam atualmente circunstâncias de risco de vida".
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui