Palestinos em escola da Onu que abriga pessoas deslocadas atingida por bombardeio israelense em Nuseirat (AFP) Palestinos em escola da Onu que abriga pessoas deslocadas atingida por bombardeio israelense em Nuseirat (AFP)

Pelo menos 40 mortos em ataque israelense a escola gerida pela Onu em Nuseirat

Aumentou para 40 o número de vítimas fatais, em sua maioria, mulheres e crianças. A estrutura atingida, a escola al-Sardi, abrigava pessoas deslocadas. De acordo com a Fao e o Pam, a situação humanitária na Faixa de Gaza está se tornando cada vez mais dramática, com mais de um milhão de palestinos que correm o risco de ter que enfrentar o mais alto nível de fome em meados de julho

Vatican News

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O número de vítimas, fornecido por fontes médicas em Gaza, do ataque aéreo israelense de quarta-feira à noite em Nuseirat, na parte central da Faixa, a uma escola administrada pela UNRWA, a agência da Onu de assistência aos palestinos, aumentou para 40, a maioria mulheres e crianças. A estrutura atingida, a escola al-Sardi, abrigava pessoas deslocadas.

O exército israelense reivindicou a operação, informando que havia “eliminado vários terroristas que planejavam realizar ataques” contra as Forças de Defesa de Israel (IDF) no futuro “imediato”: em particular, de acordo com os militares, entre 20 e 30 milicianos do Hamas e da Jihad Islâmica que pertenciam à Força Nukhba, que atuou no ataque de 7 de outubro, encontraram “refúgio” na estrutura.

Um “massacre horrível”

O hospital Al-Aqsa em Deir al Balah divulgou que havia recebido os corpos das vítimas e atualizou o número de mortos, após uma estimativa inicial de 27 fornecida pelo gabinete de imprensa do Hamas, que refutou imediatamente a reconstrução dos eventos fornecida por Israel, falando de um “massacre horrível”.

Antes do bombardeio, a organização humanitária não-governamental Médicos Sem Fronteiras havia declarado que a unidade de saúde em Deir al Balah já havia ajudado as pessoas atingidas por outros ataques israelenses nas áreas centrais da Faixa.

Diplomacia em ação

Em nível diplomático, após oito meses de guerra, o Egito, os Estados Unidos e o Catar continuam seus esforços para chegar a um cessar-fogo em Gaza, alguns dias depois que o presidente estadunidense, Joe Biden, anunciou um roteiro delineado para uma trégua e uma troca de reféns e prisioneiros.

De acordo com alguns meios de comunicação sauditas, relatados pelo The Times of Israel, o Hamas, no entanto, rejeitou o acordo para o cessar-fogo e a libertação dos reféns israelenses em Gaza, apesar das reuniões realizadas quarta-feira em Doha entre o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, e expoentes da mesma facção islâmica. O chefe da Cia, Bill Burns, também se encontra na capital do Catar.

Situação humanitária cada vez mais dramática

Ainda assim, Israel continua irredutível em não querer terminar a guerra sem a destruição do Hamas. “Não parem. Estamos vencendo": essa foi a mensagem dirigida quarta-feira ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, durante a “Marcha das Bandeiras” por ocasião do “Jerusalem Day” - quando também foram registrados confrontos em Jerusalém - e depois de anunciar que seu próprio partido, Otzma Yehudit, “suspenderá” a participação na coalizão governamental até que os detalhes da proposta de cessar-fogo em Gaza sejam conhecidos. E isso enquanto a situação humanitária está se tornando cada vez mais dramática, de acordo com a Fao e o Pam, com mais de um milhão de palestinos que correm o risco de ter que enfrentar o mais alto nível de fome em meados de julho.

 

Por sua vez, a fronteira com o Líbano está ficando cada vez mais incandescente.  Israel está “pronto para uma ação muito forte no norte”: declarou o primeiro-ministro Netanyahu, quarta-feira, em uma visita à cidade de Kiryat Shmona, a poucos passos da fronteira, atingida por grandes incidentes causados por drones lançados pelo Hezbollah, aos quais Israel respondeu com novos ataques. Para os Estados Unidos, no entanto, uma nova “escalada” no Líbano colocaria em risco a segurança de Israel.

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07 junho 2024, 10:20