Israel e Hamas na lista negra da ONU: liberados 4 reféns
Roberta Barbi – Vatican News
As forças especiais da IDF libertaram 4 reféns israelenses em Gaza, entre eles Noa Argamani, a jovem que simbolizou o 7 de outubro. "Estou muito emocionada, não falo hebraico há muito tempo, muito tempo". Essas foram as primeiras palavras ditas pela jovem a Netanyahu. Satisfação das famílias dos reféns, “agora libertem todos eles". O ministro do Gabinete de Guerra, Gantz, cancelou seu discurso desta noite contra o premiê. Na Blitz da libertação em Nuseirat, um oficial israelense morreu e, segundo o Hamas, pelo menos 210 palestinos foram mortos. 'Nossa resistência continuará', disse Haniyeh. Abu Mazen convocou uma reunião do Conselho da ONU. Os Estados Unidos retomaram a entrega de ajuda humanitária a Gaza a partir do porto temporário que havia sido danificado por uma tempestade.
Entretanto, pela primeira vez, Israel e o Hamas aparecem ao lado do Estado Islâmico, de Al Qaeda e de Boko Haram, mas também de Estados como Rússia, Iêmen, Mianmar, Afeganistão, Somália e Síria, todos culpados de “não terem implementado medidas durante o período do relatório para melhorar a proteção das crianças”. Esse é o conteúdo do relatório a ser elaborado pelo Secretário-Geral da ONU e que será publicado definitivamente no final do mês. A notícia desencadeou a ira do governo israelense, que acusa a ONU de antissemitismo e ameaça romper relações com a ONU: “um ato delinquente”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Katz. De teor oposto foi o comentário da Autoridade Nacional Palestina, confiado a Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente: “um passo à frente na responsabilização de Israel por seus crimes”, disse ele.
O governo israelense e o futuro de Gaza
Mas o executivo israelense também tem outros assuntos pendentes: o ultimato que o líder centrista Gantz deu a Netanyahu em 18 de maio passado para uma mudança de estratégia na guerra em Gaza, começando pelo futuro da Faixa, expirou, sob pena de deixar o governo de emergência nacional. A saída de Gantz teria um grande peso político, devido aos seus fortes laços com os EUA, e poderia induzir outros membros do governo a seguir seu exemplo. Por outro lado, o primeiro-ministro Netanyahu pode contar com uma maioria sólida no Knesset, mas é claro que há muitas incógnitas nesse momento. Nesse cenário, o secretário de Estado dos EUA, Blinken, estará em Israel novamente nesta segunda-feira: é sua oitava visita ao país desde o início da guerra.
A situação no local
Enquanto isso, o conflito armado continua: um ataque aéreo contra uma casa no bairro de Sheikh Radwan, no norte de Gaza, teria causado a morte de pelo menos quatro pessoas e ferido 14, a maioria mulheres e crianças, de acordo com a agência palestina Wafa. Na frente norte, a Jihad Islâmica Iraquiana reivindicou a responsabilidade pelo ataque com drone que ocorreu manhã deste sábado no norte de Israel: diz-se que foi um drone lançado do território libanês que caiu em campo aberto perto do Monte Hermon, nas Colinas de Golã, sem causar danos a propriedades ou pessoas. Por fim, a ONU, citando informações da OMS - Organização Mundial da Saúde - afirma que há pelo menos 14.000 pacientes que precisam ser transferidos imediatamente de Gaza para receber atendimento médico adequado.
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