Israel planeja confronto total com o Líbano: o anúncio da cúpula militar

Paola Simonetti – Vatican News

Aprovado e validado. Os planos operacionais para uma ofensiva no Líbano receberam o sinal verde da cúpula das Forças de Defesa de Israel, de acordo com o que foi anunciado após reuniões estratégicas nas quais foi decidido o que foi descrito como "uma aceleração da prontidão das forças no terreno". A notícia chega em meio a repetidos ataques do Hezbollah e de grupos palestinos aliados no Líbano no norte de Israel.

Os riscos para a região do Oriente Médio

O medo de um conflito mais amplo com consequências imprevisíveis para toda a região do Oriente Médio é muito grande. Os Estados Unidos estão cientes disso, tanto que o enviado especial do presidente Joe Biden, Amos Hochstein, chegou a Beirute após uma escala em Israel para tentar jogar água no fogo das hostilidades. "A situação é séria, Washington está tentando evitar uma guerra maior", disse Hochstein ao se reunir com a liderança libanesa. Um conflito entre Israel e Líbano que, na verdade, nunca foi declarado, no qual o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tenta vislumbrar algo positivo: "Não acho que nem Israel nem o Hezbollah", disse ele, "queiram realmente uma guerra ou a expansão do conflito".

Mas, em Jerusalém, os sinais são explícitos: o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, reiterou a posição do governo de Benyamin Netanyahu, falando explicitamente de uma "guerra total" que "destruiria o Hezbollah e atingiria duramente o Líbano".

Ações em campo

Enquanto isso, os ataques de drones com foguetes do Hezbollah continuam no norte de Israel, seguidos de ataques das forças israelenses do outro lado da fronteira. O conflito em Gaza também continua. Há combates "próximos" e ataques contínuos em Rafah e no centro do enclave palestino. Apenas em Nuseirat, a emissora Al Jazeera, que citou fontes da mídia local, incluindo a Hamas Radio, relatou 17 mortes de palestinos após um ataque israelense nas últimas horas.