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Crianças refugiadas em uma escola católica no Haiti Crianças refugiadas em uma escola católica no Haiti  (AFP or licensors)

Dez bilhões de dólares é o custo anual de crianças fora da escola

Relatório da UNESCO estima que a redução da proporção de pessoas que abandonam precocemente a escola ou de pessoas sem competências básicas em apenas 10% aumentaria o crescimento anual do PIB em 1 a 2 pontos percentuais. A educação parece, portanto, ser um dos melhores investimentos que um país pode fazer.

Embora 250 milhões de meninas e meninos estejam atualmente excluídos do acesso à educação em todo o mundo, um novo relatório da UNESCO analisa pela primeira vez o custo econômico e social das deficiências educativas. Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, apela aos Estados-Membros da Organização para que quebrem o "círculo vicioso" do abandono escolar o mais rapidamente possível.

"10 bilhões de dólares por ano – o custo global do abandono escolar e da falta de educação é impressionante. Além destas considerações financeiras, há um impacto social considerável. A mensagem deste relatório da UNESCO é clara: a educação é um investimento estratégico - um dos melhores investimentos para os indivíduos, as economias e a sociedade como um todo. Apelo aos nossos Estados-membros para que garantam que este direito universal se torne uma realidade para todos os seres humanos o mais rapidamente possível", afirmou Audrey Azoulay.

Em 1948, a educação foi declarada um “direito humano universal”. Este direito foi reafirmado em 2015, quando as Nações Unidas definiram o acesso à educação de qualidade para todos como um objetivo de desenvolvimento sustentável. No entanto, apesar de décadas de progresso no acesso à educação, 250 milhões de crianças e jovens em todo o mundo ainda estão fora da escola, e 70% das crianças de 10 anos em países de baixo e médio rendimento são hoje incapazes de compreender um simples texto escrito.

Em um novo relatório intitulado “O preço da inação: Os custos globais privados, fiscais e sociais das crianças e jovens que não aprendem”, a UNESCO coloca o custo para a economia global do abandono escolar e das lacunas na educação em 10 biliões de dólares por ano até 2030, o equivalente a mais do que os PIBs anuais da França e do Japão juntos.

Por outro lado, o relatório estima que a redução da proporção de pessoas que abandonam precocemente a escola ou de pessoas sem competências básicas em apenas 10% aumentaria o crescimento anual do PIB em 1 a 2 pontos percentuais. A educação parece, portanto, ser um dos melhores investimentos que um país pode fazer.

Para além destas considerações financeiras, o relatório alerta para os danos sociais significativos causados ​​por estas deficiências educativas. As lacunas na aquisição de competências básicas estão associadas, em todo o mundo, a um aumento de 69% no número de gravidezes precoces entre as meninas, enquanto cada ano do ensino secundário contribui para reduzir o risco de as meninas se casarem e terem filhos antes dos 18 anos.

10 recomendações para uma educação de qualidade para todos

Durante uma reunião de ministros da educação na segunda-feira na sede da UNESCO em Paris (França) – na presença de Gabriel Boric, presidente do Chile, que co-preside com o diretor-geral o Comitê Diretor de Alto Nível para uma Educação de Qualidade para Todos – Audrey Azoulay apelou aos 194 estados membros da Organização para "respeitarem o seu compromisso de transformar a educação de um privilégio numa prerrogativa para todos os seres humanos em todo o mundo". O diretor-geral lembrou ainda que “a educação é um recurso essencial para enfrentar os desafios da atualidade, desde a redução da pobreza até ao combate às alterações climáticas”.

Para atingir o objetivo de uma educação de qualidade para todos, o relatório da UNESCO apresenta 10 recomendações. A primeira delas é que os governos devem garantir escolaridade gratuita e financiada publicamente para todas as meninas e meninos durante um mínimo de doze anos. Essa escolarização deve ser acompanhada de um investimento na primeira infância, para lançar as bases para uma aprendizagem o mais cedo possível e combater a desigualdade. Devem também ser criados programas de “segunda oportunidade” para os jovens que não puderam beneficiar de uma educação de qualidade ou cuja educação foi interrompida.

O ambiente de aprendizagem também deve ser seguro e inclusivo. A UNESCO apela a distâncias curtas entre as casas das crianças e as suas escolas, especialmente nas zonas desfavorecidas, e a que todas as escolas tenham acesso a água e saneamento. As turmas devem ser mantidas pequenas e as aulas devem ser ministradas por professores qualificados e motivados que apoiem todos os alunos de forma equitativa, prestando especial atenção à igualdade de género.

A UNESCO também incentiva os Estados a sensibilizar as comunidades locais e as famílias para a importância de as meninas e os rapazes concluírem um ciclo completo de educação e a envolverem os pais nas atividades e na gestão escolar.

*Com UNESCO

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