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Vista aérea dos destroços de um avião que caiu com 61 pessoas a bordo em Vinhedo, estado de São Paulo, em 9 de agosto de 2024. (Foto de Miguel SCHINCARIOL / AFP) Vista aérea dos destroços de um avião que caiu com 61 pessoas a bordo em Vinhedo, estado de São Paulo, em 9 de agosto de 2024. (Foto de Miguel SCHINCARIOL / AFP)  (AFP or licensors)

Queda de avião em Vinhedo (SP) mata 62 pessoas

O avião acidentado era um ART 72, com 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo. A aeronave, que saiu de Cascavel, tinha como destino São Paulo. O impacto foi en uma área residencial de Vinhedo, Estado de São Paulo.

Vatican News

Uma aeronave com 62 pessoas a bordo -  58 passageiros e 4 tripulantes - caiu numa zona residencial de Vinhedo, Estado de São Paulo, por volta das 13h22 locais da sexta-feira, 9, a poucos minutos da aterragem. Segundo as autoridades, não há sobreviventes.  O ART, um turboélice de 14 anos (diferente dos Airbus A320 e Boeing 737 que também possuem motores a jato), decolou de Cascavel, no Paraná, às 11h56 locais e tinha como destino São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, a aeronave caiu na área do condomínio Residencial Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo, próximo à rodovia Miguel Melhado de Campos. A queda e o subsequente incêndio causaram danos a uma casa, mas sem causar vítimas entre aqueles que estavam na área do impacto do ART 72-500. Imagens da TV Globo mostraram uma grande área em chamas após o impacto.

Diferentemente do que foi informado inicialmente, o avião PS-VPB do voo 2283 não era da VoePass Linhas Aéreas, mas parte da frota da empresa Nordic Aviation Capital, com sede na Irlanda, especializada em leasing de aeronaves regionais. O contrato entre a empresa e a VoePass foi assinado em setembro de 2022.

Segundo as plataformas que monitoram os movimentos aéreos, havia sido o quarto voo do dia do ART 72 (aeronave de fabricação europeia, fruto do consórcio conjunto Airbus-Leonardo). Os vestígios recolhidos – mas os dados terão de ser melhor analisados ​​– mostram que poucos momentos antes de cair o avião estava a uma altitude de 16.700 pés (5.090 metros) e avançava a uma velocidade de aproximadamente 241 quilômetros por hora. Repentinamente começou a perder altitude, precipitando 1.800 metros em cerca de trinta segundos.

O gelo parece ser a principal causa do acidente, visto que para a região havia um alerta meteorológico de “gelo severo” para altitude entre 12 mil pés e 21 mil pés. O gelo é perigoso porque além de pesar no avião, coloca vários de seus sistemas fora de ação.

Investigadores relatam que existem vários vídeos que ajudarão na investigação e reconstruirão a dinâmica exata. Mas neste momento não escondem o espanto ao verem o avião cair “como uma folha” e com os pilotos incapazes de recuperar o controle da aeronave.

As primeiras avaliações técnicas falam de um plano em "flat spin", ou seja, uma rotação plana. Nesta dinâmica a aeronave gira em torno de si mesma, enquanto o nariz e a cauda giram em torno de um eixo horizontal, sem responder às ações normais do piloto. Segundo os especialistas, esta situação deixa muito pouco tempo para reagir.

Fundada em 2019, a VoePass Linhas Aéreas – segundo a plataforma especializada ch-aviation – contava até hoje com 12 aeronaves em sua frota, todas turboélices e todos ARTs (42-500, 72-500 e 72-600) comprometidos em atender diversas rotas nacionais. Outra plataforma da indústria, a Cirium, mostra que existem mais de 800 ARTs em serviço em todo o mundo, o que equivale a pouco menos de 3% da frota de aeronaves comerciais.

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09 agosto 2024, 21:26