No Líbano, o risco de uma nova Gaza
Vatican News
O caminho ainda é árduo para as tentativas de mediação da guerra no Oriente Médio. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se dirigiu diretamente aos libaneses: em um vídeo em seus próprios canais sociais, ele evocou o perigo de uma “longa guerra que levará à destruição e ao sofrimento”, semelhante à que está em andamento em Gaza, se o país não se “livrar” do Hezbollah.
O primeiro-ministro também anunciou que Israel havia eliminado o sucessor de Hassan Nasrallah na liderança do Hezbollah, Hashem Safieddine, que foi morto em um ataque aéreo em Beirute na quinta-feira da semana passada. No entanto, um esclarecimento imediato veio do exército israelense (IDF), cujo porta-voz, Daniel Hagari, disse que os militares ainda estavam examinando os resultados da operação.
Em outra postagem em sua conta social oficial, o Estado de Israel voltou diretamente à crise com Teerã, depois que o regime iraniano lançou “cerca de 200 mísseis balísticos” contra Israel em 1º de outubro: o Irã, diz o texto, “deve ser contido antes que seja tarde demais”.
União Europeia lança uma ponte aérea humanitária
Por outro lado, a mídia iraniana afirma que, se um ataque israelense contra a República Islâmica fosse lançado, as cidades de Haifa e Telaviv seriam “destruídas” em “menos de dez minutos”.
Enquanto isso, no Líbano, novos ataques israelenses são registrados em Dahiyeh, ao sul de Beirute, no leste do Vale da Bekaa, e em Baalbek, relatados pela imprensa local, que fala de pelo menos um morto em Saida.
Por outro lado, o Hezbollah informou que repeliu duas tentativas de infiltração do exército israelense no sul do Líbano, depois que o IDF expandiu sua ofensiva na área. Os soldados da missão da Unifil estão na área, agora em alerta máximo. A União Europeia lançou esta quarta-feira (09/10) uma ponte aérea humanitária para “apoiar as pessoas afetadas pela crise”, com três voos de Dubai e Brindisi, sul da Itália.
Deterioração da situação humanitária no País dos Cedros
O Unicef, por sua vez, lança o alarme sobre a rápida deterioração da situação humanitária no País dos Cedros. O Fundo das Nações Unidas para a Infância está fornecendo suprimentos médicos para cerca de dois milhões de pessoas afetadas pela rápida escalada do conflito, principalmente mulheres e crianças. Uma emergência que, segundo uma nota do Unicef, também não cessa em Gaza: desde outubro de 2023, 659.000 crianças não puderam frequentar a escola.
Para piorar o quadro, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (Unrwa) denuncia que, na parte norte da Faixa, pelo menos 400.000 pessoas estão impossibilitadas de deixar a área.
E, exatamente nessa frente se registram novos ataques a Jabalya, com pelo menos 17 vítimas, e o exército israelense deu ordem de evacuação para o hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui