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Um milhão de ucranianos sem luz após ataque russo contra a infraestrutura energética

Poucas horas depois de um ataque aéreo massivo russo contra infra-estruturas energéticas civis, há “cortes de emergência em todo o país devido ao ataque do inimigo”, afirmou Serguii Kovalenko, responsável por uma das empresas de fornecimento de eletricidade, em Yasno. Escolas foram fechadas e transporte público suspenso em algumas cidades.

Vatican News

Desde a noite de quarta-feira as forças russas atacaram a Ucrânia com 91 mísseis de vários tipos e 97 drones: o anúncio foi feito pela Força Aérea de Kiev, acrescentando que as defesas aéreas do país abateram 79 mísseis e 35 drones, enquanto outras 62 aeronaves não tripuladas estão desaparecidas em todo o território.

As consequências desses ataques, segundo os últimos dados atualizados, deixaram mais de um milhão de ucranianos sem eletricidade no oeste do país, além do bloqueio dos transportes, do abastecimento de água e do fechamento de escolas.

Poucas horas depois de um ataque aéreo massivo russo contra infra-estruturas energéticas civis, há “cortes de emergência em todo o país devido ao ataque do inimigo”, afirmou Serguii Kovalenko, responsável por uma das empresas de fornecimento de eletricidade, em Yasno. Segundo ele, a empresa de energia Ukrenergo prevê cortes de energia até a noite desta quinta-feira.

 

Já o governador da região de Lviv informou pouco antes que 523 mil usuários estão sem eletricidade devido aos ataques na manhã desta quinta-feira. A isto somam-se outras 280 mil pessoas que ficaram às escuras na região de Rivne, que também se encontram sem água devido a diversas interrupções. "Todos os serviços relevantes estão trabalhando para eliminar as consequências do ataque”, disse o governador Oleksandr Koval no Telegram.

Na região vizinha de Volyn, segundo o governador, 215 mil habitantes estão na escuridão. Também na região ocidental de Ivano-Frankivsk há interrupções no fornecimento de energia, bem como em Khmelnytsky, na região central da Ucrânia. No sul da Ucrânia, o prefeito de Mykolaiv, Oleksandr Senkevych anunciou que os trens e ônibus elétricos não funcionarão devido às interrupções e que pelo menos hoje as escolas permanecerão fechadas.

O presidente Zelensky acusou a Rússia de ter atingido infraestruturas energéticas com bombas de fragmentação, efetivamente “minando” esses locais e complicando as intervenções para repará-los, uma escalada “desprezível”, denunciou. “Estas munições cluster complicam significativamente a tarefa dos nossos socorristas e engenheiros e esta é uma escalada absolutamente desprezível das táticas terroristas russas”, sublinhou o presidente ucraniano nas redes sociais, reiterando que o seu país precisa de “sistemas de defesa aérea imediatamente".

Já o presidente do país agressor, V. Putin, citado pela Agência Interfax, confirmou que em dois dias foram lançados 100 mísseis e 466 drones contra a Ucrânia, o que seria uma resposta ao lançamento de mísseis Atacms estadunidenses contra a Rússia.

Putin afirmou que “centros de tomada de decisão em Kiev” poderiam ser alvos potenciais dos mísseis Oreshnik. "Atualmente, o Ministério da Defesa e o Estado-Maior do Exército Russo estão selecionando alvos a serem destruídos no território da Ucrânia. Podem ser instalações militares, empresas da indústria de defesa ou centros de tomada de decisão em Kiev”, disse Putin, segundo a agência de notícias oficial da Rússia Tass. 

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28 novembro 2024, 10:17