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Mohammed Bashir em entrevista coletiva na cidade de Idlib, controlada pelos rebeldes, no noroeste da Síria, em 28 de novembro de 2024. Mohammed Bashir em entrevista coletiva na cidade de Idlib, controlada pelos rebeldes, no noroeste da Síria, em 28 de novembro de 2024.  (AFP or licensors)

Síria: novo primeiro-ministro Bashir promete anistia. Israel ocupa Golã

Desde domingo, Israel tem como alvo grandes instalações militares sírias em todo o país com o objetivo de destruí-las. Por outro lado, o novo primeiro-ministro Bashir assegura que os direitos individuais não serão afetados

Marco Guerra – Cidade do Vaticano

Após a conquista de Damasco pelos rebeldes jihadistas, chegam as primeiras decisões políticas da nova liderança síria. O líder dos rebeldes, Al Jolani, nomeou o leal Muhammad Bashir como responsável pelo governo de transição.

Lista de funcionários procurados por tortura

 

Bashir, de 42 anos, formado em Engenharia e Direito, administrou Idlib, cidade controlada pelos rebeldes por pelo menos 8 anos. Também o novo primeiro-ministro interino tentou mostrar um rosto tranquilizador, garantindo que o véu não será imposto, as liberdades individuais não serão violadas e que será oferecida uma amnistia aos soldados do exército do governo sírio.

Também a diplomacia síria se alinha com os vencedores. O embaixador na ONU afirmou que serão reunidos os esforços para reconstruir o país. No entanto, não se descarta um acerto de contas, os rebeldes anunciam a publicação de uma lista de ex-funcionários procurados por tortura. O próprio Al Jolani disse que serão dadas recompensas a quem fornecer informações úteis para os localizar, acrescentando que pedirá a sua extradição e repatriamento caso tenham fugido para o exterior.

UE suspende pedidos de asilo

 

Nesta fase de transição, Israel ocupou as zonas tampão das Colinas de Golã, uma ação condenada pelo Irã na ONU, mas que Israel justifica chamando-a de ocupação temporária e limitada. Entretanto, na frente humanitária, existe o receio de uma nova onda de refugiados, apesar de a Turquia ter reaberto as suas fronteiras para permitir que milhares de refugiados sírios regressem à sua terra natal. Itália, Alemanha, Áustria e outros países da UE decidiram congelar os pedidos de asilo provenientes da Síria, a fim de evitar novos fluxos descontrolados como aconteceu durante a crise migratória de 2016.

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10 dezembro 2024, 09:30