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26 de janeiro, Dia Mundial de combate à Hanseníase. 26 de janeiro, Dia Mundial de combate à Hanseníase.  (AFP or licensors)

Dia Mundial de combate à Hanseníase, um desafio ainda aberto

Na celebração neste domingo, 26 de janeiro, foi dado o alerta sobre uma doença que afeta principalmente os pobres na Ásia, África e América Latina. A associação italiana Aifo lança a campanha 'Quem está doente só se cura se alguém o abraçar' e enfatiza a importância do cuidado, da inclusão e do apoio.

Valerio Palombaro – Vatican News

Índia, Brasil e Indonésia: esses são os três países onde o maior número de casos de hanseníase foi registrado nos últimos meses. Uma doença que, apesar de ser curável, ainda representa um problema de saúde significativo em vários países africanos, asiáticos e latino-americanos, onde persistem condições socioeconômicas precárias que favorecem sua transmissão. A Associação Italiana de Amigos de Raoul Follereau ETS (Aifo) - por ocasião do 72º Dia Mundial da Hanseníase, neste domingo, 26 de janeiro - lançou uma campanha em torno do tema do abraço como um conceito que une. O slogan “aqueles que estão doentes só ficam bem se alguém os abraçar” de fato enfatiza a centralidade da pessoa e não da doença, destacando a importância da inclusão, do cuidado e do apoio para aqueles que estão doentes, começando pelos afetados pela hanseníase e por todos aqueles que vivem à margem da sociedade.

Países mais afetados

Durante 2023, foi registrado um total de 182.815 casos globais de hanseníase, um aumento de 5% em relação ao ano anterior, de acordo com o último relatório anual publicado em setembro de 2024 pela OMS. A Índia, o Brasil e a Indonésia, conforme mencionado, são os países mais afetados, enquanto entre os novos casos globais, 5,7% são crianças e 39,9% são mulheres. Os dados também mostram que o número de pessoas com deficiências graves no momento do diagnóstico está crescendo: em 2023, das pessoas diagnosticadas, 5,3% tinham deficiências graves, das quais 2,7% eram crianças. Isso indica que, ainda hoje, devido à falta de conhecimento dos sintomas da doença nas comunidades, às dificuldades de acesso e à má qualidade dos serviços de tratamento, o diagnóstico ocorre tardiamente e, em muitos casos, a pessoa afetada pela doença já apresenta deficiências físicas irreversíveis.

Aifo, histórias de esperança

Mas o trabalho de conscientização da Aifo também traz à tona histórias de esperança. Como a de Dario, um rapaz de 18 anos que vive em um pequeno vilarejo na província de Manica, em Moçambique. Sua história é de pobreza e hanseníase, mas também de dignidade e inclusão, elementos fundamentais para quebrar uma espiral de exclusão e pobreza. A hanseníase, contraída por Dario quando ele tinha 11 anos de idade, deixou marcas em seu rosto, olhos e mãos, tornando-se uma causa de isolamento. Seus colegas o evitavam por medo, e ele teve de parar de estudar por três anos. Graças a um diagnóstico precoce, no entanto, Dario iniciou sua caminhada de cura e esperança com a ajuda da Aifo. Hoje, ele está reescrevendo seu próprio destino: depois de retomar os estudos, ele fez um curso de barbeiro e agora consegue ganhar dinheiro, tornando-se gradualmente independente. Órfão de pai e mãe, ele vive com os avós, mas sonha com um futuro em que possa cuidar de si mesmo e realizar seus projetos.

Moçambique, a vida de Julieta

Outra história, também de Moçambique, é a de Julieta. A província onde ela mora, a província de Nampula, no norte do país, é a mais afetada pela hanseníase. Ali nasceu o Grupo Nikahianeke, que na língua Macua significa “Estamos juntos para ajudar uns aos outros”: 14 mulheres, que hoje cultivam com orgulho um campo que lhes permite não apenas alimentar suas famílias, mas também vender para comprar produtos de primeira necessidade. Entre elas está Julieta, que superou a hanseníase contraída quando criança e agora é uma mulher ativa em sua família e na sociedade. Julieta não consegue mais enxergar com um olho e tem uma deficiência que afetou suas mãos e pernas. Sozinha, ela não seria capaz de cultivar um campo, mas graças ao Grupo Nikahianeke ela pode alimentar sua família e ganhar algo com a venda. Hoje, Julieta tem uma vida produtiva, uma vida que, segundo ela, “serve a si mesma e aos outros”.

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