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Clima de tensão marca país africano há anos em situação de contínuas violências Clima de tensão marca país africano há anos em situação de contínuas violências 

Dom Bertin (Somália): espero que apelo do Papa seja acolhido

“Nosso papel como católicos é estar presentes e acompanhar. Inclusive porque temos uma longa tradição de compromisso em favor da humanidade e da Somália", afirma o administrador apostólico de Mogadíscio, Dom Bertin

Cidade do Vaticano

“O apelo do Papa chega num bom momento. Espero que seja acolhido e sobretudo que ajude ao menos as forças do bem a se unirem um pouco mais porque o mal deve ser enfrentado juntos e não de modo disperso, cada um com uma agenda própria.”

Foi o comentário feito pelo bispo de Djibuti e administrador apostólico de Mogadíscio, Dom Giorgio Bertin, após o apelo do Papa Francisco pela Somália, da qual falou na conclusão da audiência geral desta quarta-feira (18/10). “Quando digo trabalhar juntos me refiro aos somalis entre si e à comunidade internacional”, precisou o prelado falando à agência Sir.

Compromisso em favor da humanidade e da Somália

“Nosso papel como católicos é estar presentes e acompanhar. Inclusive porque temos uma longa tradição de compromisso em favor da humanidade e da Somália. A Igreja está presente desde 1904 de modo contínuo no sul da Somália e, depois, com meus confrades franciscanos desde 1930”, continuou Dom Bertin.

“Muitas pessoas deram a vida pelo bem da população somali, como Annalena Tonelli, o bispo Salvatore Colombo, padre Turati, Graziella Fumagalli da Caritas italiana”, acrescentou.

“Segundo o administrador apostólico, “cristãos e muçulmanos podem trabalhar juntos””

Trabalhar juntos em prol da mesma finalidade

A experiência mais bonita nestes anos “foi descobrir que entre a população – muçulmanos e ateus – existem muitas pessoas de boa vontade. É importante que todos nós nos comprometamos a trabalhar juntos em prol da mesma finalidade”, exortou.

“No passado houve várias conferências internacionais, mas muitas vezes tive a sensação de que quem organiza queira seguir uma agenda própria, para os interesses de seu país”, disse ainda Dom Bertin.

População somali no centro da nossa atenção

A sugestão do bispo italiano no país do Chifre da África desde 1978 é que se coloque “a população somali no centro da nossa atenção”. Nesse sentido, afirma, “a diáspora somali poderia desempenhar um papel importante”, para organizar uma agenda séria que verdadeiramente tenha a peito o bem da Somália. 

(Sir)

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18 outubro 2017, 20:02