Atenção religiosa privilegiada e prioritária aos pobres, pede o Papa aos Padres do Prado
Manuel Tavares – Cidade do Vaticano
No âmbito das audiências Pontifícias na manhã deste sábado (07/4), o Santo Padre recebeu na Sala do Consistório, no Vaticano, 30 membros da Associação dos Padres do Prado, por ocasião da sua peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo.
Em sua saudação à família do Prado, o Papa expressou seu apreço pela missão da Associação que continua a seguir o exemplo do seu Fundador, Beato Antoine Chevrier, a serviço dos mais pobres sobre o qual afirmou:
“O Beato fundador, tocado pela indigência dos mais excluídos do seu tempo, decidiu aproximar-se deles para que pudessem conhecer e amar a Jesus Cristo. Desde então, a plantinha desenvolveu-se de modo admirável, tornando-se uma bela família de sacerdotes, religiosas e mulheres leigas consagradas, espalhada em diversos países, imbuída do amor de Jesus, que se fez pobre entre os pobres, e do ardor pela evangelização”.
A nossa época – explicou Francisco – está repleta de pobrezas, novas e antigas, materiais e espirituais; muitos são acometidos por sofrimentos, feridas, misérias e tribulações de todos os tipos e, muitas vezes, estão distantes da Igreja, ignorando a alegria e a consolação que brotam do Evangelho. E, exortando a Comunidade do Prado, o Papa disse:
“Sua missão entre eles é imensa e a Mãe Igreja fica feliz de poder contar com o apoio dos discípulos do Padre Chevrier. Por isso, não posso deixar de aprovar e encorajar a ação pastoral que levam adiante, segundo o carisma próprio dos Institutos para a renovação missionária de toda a Igreja: evangelização e promoção humana”.
Por ocasião da beatificação do fundador, Padre Chevrier, em 1986, em Lyon, França, o Papa Wojtyla propôs diversas orientações para reforçar o dinamismo da Família do Prado. Hoje, o Papa Francisco as renova, citando apenas uma: “Falem de Jesus Cristo com a mesma intensidade de fé do seu fundador. Os pobres têm direito de receber a mensagem de Jesus, o Evangelho na sua totalidade”. E Francisco concluiu:
“Gostaria de ressaltar que a imensa maioria dos pobres tem uma abertura particular à fé; eles precisam de Deus. ‘A opção preferencial pelos pobres traduz-se, de modo especial, em uma atenção religiosa privilegiada e prioritária’”.
Por fim, o Santo Padre convidou a Associação dos Padres do Prado a pôr em prática a experiência espiritual do seu fundador: ter uma imensa compaixão pelos pobres, compreender e compartilhar os seus sofrimentos, para um maior dinamismo do ardor missionário e apostólico.
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