Saúde, um direito de todos!
Cecilia Seppia – Cidade do Vaticano
“Universal health coverage: everyone, everywhere” (“Cobertura universal da saúde: para todos, em todos os lugares”) é o tema do Dia Mundial da Saúde, celebrado este 7 de abril.
A edição de 2018 representa mais uma oportunidade para chamar a atenção dos governos para que tomem medidas concretas em direção à meta da cobertura universal de saúde, de modo a garantir a todas as pessoas em todos os lugares - conforme acordado pelos países participantes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2015) - serviços de saúde de boa qualidade e sem barreiras econômicas, que quando existentes, obrigam as pessoas a escolher entre cuidados de saúde e outras necessidades básicas. Nesta ocasião o Papa lançou um tweet de sua conta @Pontifex: “Como o bom samaritano, vamos cuidar daqueles que sofrem e estão doentes!”. #WorldHealthDay
Os dados
Atualmente, quase metade da população mundial não consegue ter um pleno acesso aos serviços essenciais de saúde e 100 milhões de pessoas vivem com menos de dois dólares por dia.
Mais de 800 milhões de pessoas gastam pelo menos 10% de seus recursos para cuidar de si mesmas, de suas famílias e dos chamados custos para eventos catastróficos. Pelo menos metade da população mundial não recebe os serviços essenciais de que necessita.
As intervenções necessárias
Estruturas de financiamento e suporte de despesas, otimização de coberturas e fornecimento de medicamentos e tecnologias, boa governança, investimentos na força de trabalho, provisão do serviço de saúde centrado nas necessidades da comunidade e da pessoa.
Estas são algumas das intervenções assinaladas pela OMS, das etapas sugeridas pelas quais cada país poderá avançar na cobertura das demandas das próprias populações.
A voz do Papa
Diversas vezes, visitando hospitais em todo o mundo, encontrando médicos e associações, o Papa Francisco reiterou que "a saúde não é um bem de consumo, mas um direito universal" e por isto "a acessibilidade aos serviços de saúde, aos cuidados e aos medicamentos não devem permanecer como uma miragem ".
O Pontífice encorajou muitas vezes os trabalhadores de saúde que trabalham em contextos difíceis "a permanecer no meio daquela humanidade ferida e sofredora, porque ali está Jesus".
Sua admoestação é que nos fóruns internacionais competentes devemos trabalhar "para facilitar o fácil acesso de todos aos cuidados de saúde e tratamento". É importante - disse Francesco - "unir os esforços para que se possam adotar políticas capazes de garantir, a preços acessíveis, o fornecimento de medicamentos essenciais para a sobrevivência de pessoas indigentes, sem negligenciar a pesquisa e desenvolvimento de tratamentos que, embora não sejam economicamente relevantes para o mercado, são cruciais para salvar vidas”.
"A vida e a dignidade de toda pessoa humana - observou Francisco - devem ser protegidas desde o momento da concepção até o último suspiro".
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