Regina Coeli: ofender o corpo é ofender a Deus
Cidade do Vaticano
A sacralidade do corpo e da alma foi o tema da alocução do Papa Francisco ao rezar com os fiéis na Praça S. Pedro a oração mariana do Regina Coeli.
No Evangelho do terceiro domingo de Páscoa, está a experiência do Ressuscitado feita pelos seus discípulos. “O episódio narrado pelo evangelista Lucas insiste muito no realismo da Ressurreição. De fato, não de trata de uma aparição da alma de Jesus, mas da sua real presença com o corpo ressuscitado”, disse o Pontífice.
Os Apóstolos ficam perturbados com a presença de Jesus, a ponto de pensarem tratar-se de um fantasma.
Cristo decidiu comer o peixe assado para convencê-los de que é Ele. Para Francisco, a insistência de Jesus sobre a realidade da sua Ressurreição ilumina a perspectiva cristã sobre o corpo, que não é um obstáculo ou uma prisão da alma.
Ideia positiva do corpo
“O corpo foi criado por Deus e o homem não é completo se não for união de corpo e alma. Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e alma, nos faz entender que devemos ter uma ideia positiva do nosso corpo”, explicou o Papa.
O corpo pode se tornar ocasião ou instrumento de pecado, mas o pecado não é provocado pelo corpo, mas pela fraqueza moral.
Jesus nos ensinou o amor, disse ainda Francisco, e quer resgatar todos aqueles que experimentam no próprio corpo as escravidões dos nossos tempos. O Papa então concluiu:
“Num mundo onde demasiadas vezes prevalecem a prepotência contra os mais fracos e o materialismo que sufoca o espírito, o Evangelho de hoje nos chama a ser pessoas capazes de olhar em profundidade, repletas de estupor e de grande alegria por ter encontrado o Senhor ressuscitado.”
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