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O ecumenismo no centro da peregrinação do Papa a Genebra

A Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou o programa da peregrinação ecumênica do Papa Francisco em Genebra, no próximo dia 21 de junho.

Cidade do Vaticano

Um dia apenas, mas com uma intensa programação, marcada pelo diálogo entre cristãos, com duas homilias e um discurso. No próximo dia 21 de junho, segundo a programação apresentada pela Sala de Imprensa, Papa Francisco chegará ao aeroporto de Genebra às 10h10. Depois da cerimônia de boas-vindas, em uma sala do aeroporto, o Papa encontrará o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset.

A oração ecumênica e o encontro ecumênico serão realizados na sede do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), e o almoço será no Instituto Ecumênico de Bossey. À tarde, antes da despedida, o Papa celebrará a Santa Missa na Palaxpo e em seguida regressará a Roma.

Sobre este significativo evento o Vatican News entrevistou Pierre-Yves Fuchs, embaixador da Confederação Suíça junto à Santa Sé.

R. – Uma visita do Papa é sempre algo extraordinário, ainda mais excepcional é o fato de que se trata da 4ª visita de um Papa a Genebra. Genebra, cidade na qual ainda se fala de paz, de ambiente, de direitos humanos. Desta vez o Papa não visitará as Nações Unidas, nem a Cruz Vermelha, mas falará de temas humanitários, de crise, da humanidade. Encontrará o Governo suíço, mas também as Igrejas não católicas que têm Genebra como capital, como lugar de encontro, ou seja, o Conselho Mundial de Igrejas. Não será uma visita à portas fechadas, mas uma visita com uma missa aberta aos católicos não só da Suíça, mas também da França, porque estamos a 10 km da fronteira.

Que realidade o Papa encontrará na Suíça? Como o país se apresenta hoje?

R. – É o país da sua Guarda, de uma população que ele conhece através dos jovens guardas suíços. Encontrará uma sociedade multicultural, com muitas línguas – temos quatro línguas nacionais – e com 25% de residentes não-suíços. Em Genebra, quase a metade da população não é suíça. É um país muito europeu, muito global, muito particular. Mais ou menos, talvez, como a Cidade do Vaticano.

Considerando o encontro com o governo suíço, na sua opinião, quais são os temas importantes para o Papa?

R. – Provavelmente o tema que o Santo Padre recordou mais uma vez na sua mensagem de Páscoa: os direitos humanitários. A guerra tem limites, não podemos apenas condenar a violência, mas recordar também que existem regras. Estas regras foram estabelecidas em Genebra no século XIX, com o apoio do Estado Pontifício. Há pontos de encontros como os direitos humanitários, o ambiente e outras questões globais. Há também alguns pontos bilaterais como as nossas relações através da Guarda Suíça e outros aspectos.

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08 maio 2018, 10:50