"Que tais tragédias não se repitam", disse o Papa ao recordar o Holodomor
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
Entre os anos de 1931 e 1933, milhões de ucranianos morreram de fome em decorrência das políticas econômicas adotadas por Stalin a partir de 1928, que entre outros, controlava a produção de cereais dos países da União Soviética, obrigando os camponeses a fornecer grande parte do excedente produzido para o Estado, a baixos custos.
A Ucrânia foi um dos países da URSS que mais opôs resistência a tal medida, levando o regime comunista soviético a dar início a uma uma sistemática humilhação da população, a começar pelos intelectuais, submetidos a julgamentos vexatórios, além de sufocar organizações antissoviéticas.
A palavra ucraniana “Holodomor”, usada pelo Papa no Angelus deste domingo, significa “morrer de inanição”, “extermínio pela fome”. Francisco pediu que “tais tragédias não se repitam”:
“Ontem a Ucrânia comemorou o aniversário do Holodomor, terrível carestia provocada pelo regime soviético que causou milhões de vítimas. A imagem é dolorosa. Que a ferida do passado seja um apelo para todos, para que tais tragédias nunca mais se repitam. Rezemos por aquele querido país e pela paz tão desejada”.
Desde 2006, o Holodomor foi reconhecido pela Ucrânia independente e por outros 24 países como um genocídio do povo ucraniano perpetrado pela União Soviética. Algumas estimativas indicam que cinco milhões de pessoas morreram nestes três anos.
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