Tweet do Papa sobre meio ambiente e guerras
Cidade do Vaticano
Para refletir sobre os desastres ambientais causados pela guerra a ONU declarou 6 de novembro como o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente na Guerra e no Conflito Armado. Por ocasião deste Dia, Papa Francisco escreveu na sua conta no tweet para respeitar a casa comum: “Vamos nos comprometer, com a oração e com a ação, a remover do coração, das palavras e dos gestos toda violência, para cuidar do casa comum”.
O meio ambiente é uma vítima esquecida dos conflitos
Tempos de guerra podem resultar em uma rápida degradação ambiental, enquanto as pessoas lutam para sobreviver e os sistemas de gestão ambiental colapsam, resultando em danos a ecossistemas essenciais. Por mais de seis décadas, conflitos armados ocorreram em mais de dois terços dos principais pontos de biodiversidade do mundo, representando severa ameaça aos esforços de conservação.
Em 2001, considerando o fato de que o meio ambiente frequentemente permaneceu como uma vítima não publicizada da guerra, a ONU declarou 6 de novembro como o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente na Guerra e no Conflito Armado.
A guerra causa sempre graves danos ao meio ambiente
Na Carta Encíclica Laudato si’, Papa Francisco recorda também algumas das terríveis ameaças, para o meio ambiente, causadas pelos conflitos armados: “A guerra – escreve o Pontífice - causa sempre danos graves ao meio ambiente e à riqueza cultural dos povos, e os riscos avolumam-se quando se pensa na energia nuclear e nas armas biológicas. Com efeito, não obstante haver acordos internacionais que proíbem a guerra química, bacteriológica e biológica, subsiste o fato de continuarem nos laboratórios as pesquisas para o desenvolvimento de novas armas ofensivas, capazes de alterar os equilíbrios naturais”.
Necessária maior atenção da política
“Exige-se da política - escreve o Papa na Laudato si’ - uma maior atenção para prevenir e resolver as causas que podem dar origem a novos conflitos. Entretanto o poder, ligado com a finança, é o que maior resistência põe a tal esforço, e os projetos políticos carecem muitas vezes de amplitude de horizonte”. Na Carta Encíclica, Papa Francisco coloca enfim uma pergunta crucial: “Para que se quer preservar hoje um poder que será recordado pela sua incapacidade de intervir quando era urgente e necessário fazê-lo?”.
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