Papa Francisco: "Não podemos viver de esperas, mas na espera"
Jane Nogara - Cidade do Vaticano
"Uma vida 'privada' sem riscos e cheia de medos, que salvaguarda a si mesmos não é uma vida cristã. Não somos feitos para sonos tranquilos, mas para sonhos audaciosos", foi a advertência do Papa ao encontrar os peregrinos do interior da Itália.
O Papa iniciou o encontro reiterando a atualidade da mensagem de Dom Tonino ao dizer que afirmava: “Por favor, não fiquem triste por nenhuma amargura de casa. Não entristeçam suas vidas”. Quem acredita em Jesus não pode ficar triste; porque “o contrário de um povo cristão é um povo triste”. Sigamos o pensamento de dom Tonino disse o Papa:
Advento traz novidades
Ao falar sobre o Advento que inicia neste domingo afirmou que o novo ano litúrgico traz uma novidade do nosso Deus que é o Deus de todas as consolações. Se olharmos dentro de nós mesmos vemos que todas as novidades que chegam não bastam para saciar nossas expectativas: “’Queremos coisas novas porque nascemos para coisas grandes’ escrevia dom Tonino, e é verdade, nascemos para estar com o Senhor, quando ele entra em nós chega a verdadeira novidade, Ele renova e surpreende sempre”.
Mas, adverte o Papa:
A verdadeira tristeza é quando não se espera mais nada, dizia dom Tonino, e nós cristãos somos chamados a proteger e espalhar a alegria da espera: esperamos Deus que nos ama infinitamente e ao mesmo tempo somos esperados por Ele. Considerando desse modo, parece um namoro. Não estamos sozinhos, Deus nos visita e espera estar conosco sempre".
Evangelho anti-medo
O Papa recordou também aos peregrinos algumas palavras de dom Tonino pronunciadas 30 anos atrás que parecem ter sido escritas hoje: “A vida é cheia de medos, medo do próprio semelhante, do vizinho de casa… medo do outro… medo da violência… medo de não conseguir, medo de não ser aceitos… medo que seja inútil esforçar-se… medo que o mundo não mude… medo de não achar emprego” para isso, continuou o Papa:
Se o medo o deixa desolado, o Senhor pede que se reanimem, se as negatividades levam a olhar para baixo, Jesus convida a olhar para o céu, de onde ele chegará. Porque não somos filhos do medo, mas filhos de Deus, porque o medo se derrota dominando a si mesmo tendo ao lado Jesus.
Em seguida convidou todos a alargarem seus horizonte a pensarem no sentido da vida:
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