Papa: degradação ambiental tem a ver com degradação humana e social
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta terça-feira (29/01), aos participantes da IV Conferência Internacional “Pelo equilíbrio do mundo”.
O Congresso teve início, nesta segunda-feira (28/01), em Havana, Cuba, e se concluirá na próxima quinta-feira, 31, “como parte da comemoração de uma data significativa para esse querido país, como o nascimento de José Martí. O objetivo é unir esforços que contribuam, através de um diálogo frutífero, a fortalecer os laços de fraternidade entre as nações”, afirma o Papa no texto.
Ambientes humano e natural caminham de mãos dadas
“É fácil constatar como os vários acontecimentos ocorridos no planeta contribuíram significativamente para colocar em risco o equilíbrio da civilização atual. Por esta razão, os homens de bem devem se unir e encontrar-se em eventos dessa natureza, num quadro de pluralidade, a fim de alcançar uma autêntica promoção humana, sabendo também que «todos aqueles que estão empenhados na defesa da dignidade das pessoas podem encontrar, na fé cristã, as razões mais profundas para tal compromisso»”, ressalta Francisco na mensagem, citando um trecho da Encíclica Laudato si’.
Segundo o Papa, “o ambiente humano e o ambiente natural caminham de mãos dadas e podem se degradar juntos. A degradação ambiental não pode ser enfrentada de forma adequada se não compreendermos as causas que têm a ver com a degradação humana e social. Por este motivo, eu me expressei durante minha visita pastoral a Cuba, dizendo que uma “cultura do encontro” deveria ser cultivada, sobretudo entre os jovens, por meio da promoção da ‘amizade social’, que nos una num objetivo comum de promoção das pessoas”.
Civilização cada vez mais fraterna
Francisco incentivou os participantes a buscarem alternativas eficazes em torno do pensamento de José Martí, “homem de luz”, conforme definido por São João Paulo II durante sua visita a Cuba, em 1998.
“Que os ensinamentos deste mestre e escritor cubano ressoem dentro de nós e nos lembrem, com suas palavras, que «todas as árvores da terra se concentrarão no final em uma, que dará na eternidade um aroma suave: a árvore do amor, de ramos robustos e copiosos, que em seu nome abrigarão todos os homens, sorridentes e em paz»”.
O Papa concluiu, desejando “que esses dias de trabalho e reflexão deem frutos de compreensão e diálogo na conquista de uma civilização cada vez mais fraterna”.
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