Documento sobre a Fraternidade, Gisotti: sinal poderoso para o futuro da humanidade
Silvonei José - Cidade do Vaticano
"Um passo de grande importância no diálogo entre cristãos e muçulmanos e um poderoso sinal de paz e esperança para o futuro da humanidade". Foi o que disse o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, sobre o "Documento Fraternidade Humana pela paz mundial e a convivência comum", assinado nesta segunda-feira (04/02) pelo Papa Francisco e pelo Grande Imame de Al-Azhar na conclusão do Encontro Inter-religioso no Founder's Memorial de Abu Dhabi, coração de toda a viagem do Pontifície.
"O Documento – lê-se na declaração de Gisotti -, é um apelo vibrante a responder o mal com o bem, a fortalecer o diálogo inter-religioso e a promover o respeito mútuo para bloquear o caminho daqueles que sopram no fogo do conflito de civilizações".
Documento corajoso e profético
Gisotti, que destaca como Francisco e Al-Tayyib "indicaram juntos um caminho de paz e reconciliação no qual todos os homens de boa vontade podem caminhar, não apenas cristãos e muçulmanos", define o Documento: "corajoso e profético, porque enfrenta, chamando-os pelo nome, os temas mais urgentes do nosso tempo. Temas sobre os quais quem acredita em Deus é exortado a questionar a própria consciência e a assumir com confiança e decisão sua responsabilidade de dar vida a um mundo mais justo e solidário".
Não à instrumentalização do nome de Deus
"Com palavras inequívocas - continua o diretor interino -, o Papa e o Grande Imam advertem que ninguém está autorizado a instrumentalizar o nome de Deus para justificar a guerra, o terrorismo e qualquer outra forma de violência. Reafirmam que a vida deve sempre ser preservada como devem ser plenamente reconhecidos os direitos das mulheres, rejeitando qualquer prática discriminatória contra elas".
Promover a cultura não é utopia
No final da declaração, Gisotti salienta ainda que "diante de uma humanidade ferida por tantas divisões e fanatismos ideológicos, o Pontífice e o Grande Imame de Al-Azhar mostram que promover a cultura do encontro não é uma utopia, mas a condição necessária para viver em paz e deixar às gerações futuras um mundo melhor do que aquele em que vivemos".
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