Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
Messa di Requiem per soli, coro e orchestra [ Scritto per la morte di Bellini; prima esec. Bergamo 1870 ]
Programação Podcast
Papa Francisco decidiu mais uma vez realizar na prisão a missa com o rito do Lava-pés Papa Francisco decidiu mais uma vez realizar na prisão a missa com o rito do Lava-pés 

Papa visita a prisão para o Lava-pés: "Por que eles e não eu?"

O assessor da Pastoral Carcerária Nacional, Padre Gianfranco Graziola, missionário da Consolata, comenta a decisão do Papa Francisco de mais uma vez realizar na prisão a missa com o rito do Lava-pés. Sua reflexão é inspirada na frase que o Pontífice repete com frequência: "Por que eles e não eu?".

Pe. Gianfranco Graziola - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco volta mais uma vez a celebrar a Ceia do Senhor com o rito do Lava-pés entre os muros de um cárcere, escolhendo este ano Velletri, na Província de Roma. Todas as vezes que Francisco encontra o mundo do cárcere costuma repetir uma frase que virou um lema: “Por que eles e não eu?”

Estas palavras que parecem ser tão simples, na realidade são um grande questionamento que Francisco coloca a si próprio, mas também a cada um e cada uma de nós que acha normal que uma pessoa pague, ou seja, castigada pelos seus atos e, consequentemente, encarcerada.

Ouça a reflexão do Padre Graziola

Mundanismo espiritual

Ajuda-nos a compreender melhor esta provocação do Bispo de Roma o texto da comunidade de João, que, ao invés de nos narrar as palavras da instituição da Eucaristia, coloca no centro o Lava-pés, dizendo-nos que para seguir Jesus é preciso fazer um dúplice movimento: deixar-nos lavar os pés e lavar os pés uns dos outros.

No diálogo entre Jesus e Pedro, sobressai o que muitas vezes nós somos: arrogantes e autorreferenciais, chegando a afirmar como ele: “Tu nunca me lavarás os pés!”. Com o resultado que nossa vida cristã se reduz à superficialidade e ao mundanismo espiritual.

Precisamos ouvir mais uma vez como Pedro as palavra claras de Jesus: “Se não te lavar os pés não terás parte comigo”. É preciso assumir a atitude de serviço, de humildade, de entrega do mestre se quisermos entrar e tomar parte da vida e do projeto dele que Francisco, sucessor de Pedro e Bispo de Roma, expressa não apenas em suas palavras, mas concretamente em suas ações, como o partilhar a mesa com os pobres, com nossos irmãos de rua, com os encarcerados e encarceradas ou visitando nas sextas-feiras da misericórdia realidades e situações que expressam concretamente o lavar e deixar-se lavar os pés – fato que acontece todas as vezes que nos colocamos na escuta atenta e fraterna das dores e das angústias de quem não tem vez e voz, de quem é invisível em nossa sociedade de consumo e muitas vezes também em nossos templos.

Por isso, também um dos últimos gestos de Papa Francisco de se abaixar e beijar os pés dos lideres políticos do Sudão do Sul expressa uma inversão da lógica onde a verdadeira força da transformação está no serviço, expressão da civilização do amor.

João Crisóstomo afirmava:

“Todas as vezes que vedes um pobre (...), recordai-vos que tendes sob os vossos olhos um altar.”

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

18 abril 2019, 09:00
<Ant
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930    
Prox>
Maio 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031