Papa: a Crisma é o sacramento da fortaleza, não do adeus à Igreja
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
A tarde de domingo (07/04) foi de oração, reflexão e festa para os fiéis da paróquia romana de São Júlio, situada no bairro de Monteverde, que recebeu a visita do Papa Francisco.
O Pontífice foi acolhido pelo seu vigário para a Diocese de Roma, cardeal Angelo De Donatis, pelo bispo auxiliar do setor Oeste, dom Paolo Selvadagi, pelo pároco pe. Dario Frattini, e pelo pe. Rinaldo Guarisco, superior geral dos Cônegos Regulares da Imaculada Conceição, aos quais é confiada a paróquia.
A Crisma é o sacramento da fortaleza, não do adeus à Igreja
Antes de celebrar a missa, o Papa se reuniu com os vários grupos que formam a comunidade paroquial debaixo de uma tenda. Devido ao desmoronamento de parte da paróquia, os fiéis passaram os últimos três anos realizando as atividades e celebrando a missa numa estrutura coberta de lona.
Francisco respondeu a algumas perguntas, sendo uma delas sobre as dúvidas acerca da fé.
“Devemos apostar numa coisa: na fidelidade de Jesus. Jesus é fiel, o único totalmente fiel. Não devemos ter medo da fidelidade”, disse o Papa a uma animadora catequética.
“Ensine os jovens a duvidar. Em Roma se diz que a Crisma é o sacramento do adeus, isso acontece porque os jovens não sabem como administrar as dúvidas. Mas a Crisma deve ser o sacramento da fortaleza que o Espírito Santo nos dá.”
Intimidade com Jesus
O Papa confidenciou que chegou a duvidar da fé diante das calamidades, de acontecimentos de sua vida, mas afirmou que não se sai sozinho das dúvidas, que é necessário a companhia de uma pessoa que ajude a ir avante, além da intimidade com Jesus.
O Santo Padre relatou que recebeu uma carta dias atrás de um jovem de 30 anos, que se dizia “despedaçado” depois de uma experiência amorosa falida. “Nestes casos, aconselhou o Papa, é preciso olhar para Jesus, lamentar-se com Ele. Todos caímos. O único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é na hora de ajudar alguém a se levantar.”
O Pontífice saudou em seguida as crianças e suas famílias e confessou três jovens e uma mãe. Com a finalização das obras, a missa presidida por Francisco previa o Rito de Dedicação do Altar. O Papa não pronunciou a homilia.
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