Papa: o pão da memória para reforçar as nossas raízes cristãs
Jane Nogara - Cidade do Vaticano
Na sua saudação Francisco expressou sua gratidão e emoção por se encontrar no templo sagrado, e disse: “Jesus convidou os irmãos André e Pedro a deixar as redes, para se tornarem, juntos, pescadores de homens. A vocação pessoal – continuou o Papa - não está completa sem a do irmão”. Na oração do Pai Nosso “encerra-se a nossa identidade de filhos e hoje, de modo particular, a de irmãos que rezam um ao lado do outro”.
Palavras da oração
Em seguida o Papa falou sobre as palavras da oração:
“A Vós, que estais nos céus – continua - pedimos a concórdia que não soubemos guardar na terra. Pedimo-la pela intercessão de tantos irmãos e irmãs na fé que moram no vosso céu”. “Como eles, também nós queremos santificar o vosso nome, colocando-o no centro de todos os nossos interesses”.
Renunciemos às lógicas guiadas pelo dinheiro
“Estamos à espera que venha o vosso reino: pedimo-lo e desejamo-lo porque vemos que as dinâmicas do mundo não o favorecem”. São dinâmicas “guiadas pelas lógicas do dinheiro, dos interesses, do poder. Enquanto nos encontramos mergulhados em um consumismo cada vez mais desenfreado, que cega com fulgores cintilantes mas efêmeros, ajudai-nos, Pai” - é a oração do Pontífice – a crer naquilo que rezamos:
“Seja feita a vossa vontade, não nossa. E a vontade de Deus é que todos se salvem. Precisamos, Pai, alargar os horizontes, a fim de não restringir dentro dos nossos limites a vossa misericordiosa vontade salvífica, que quer abraçar a todos”.
Reforçar as raízes comuns da nossa identidade cristã
“Diariamente temos necessidade d’Ele, pão nosso de cada dia. Ele é o pão da vida que nos faz sentir filhos amados e sacia toda a nossa solidão e orfandade. Ele é o pão do serviço: repartindo-Se aos pedaços para Se fazer nosso servo”.
Francisco evidencia que
O Papa observa que “o pão que hoje pedimos é também aquele de que muitos carecem todos os dias, enquanto poucos o têm de sobra”. O Pai Nosso não é oração que nos acomoda, é grito perante as carestias de amor do nosso tempo, perante o individualismo e a indiferença que profanam o vosso nome, Pai”.
“Cada vez que rezamos, pedimos para nos serem perdoadas as nossas ofensas. É preciso coragem para isso, já que simultaneamente nos comprometemos a perdoar a quem nos tem ofendido. Temos, pois, de encontrar a força para perdoar do íntimo do coração ao irmão como Vós – Pai – perdoais os nossos pecados”.
Por fim o Papa recorda que “quando o mal, encostado na porta do coração, nos induzir a fechar-nos em nós mesmos; quando a tentação de nos isolarmos se fizer mais forte, ajudai-nos (…) encorajai-nos a encontrar, no irmão, aquele apoio que colocastes ao nosso lado a fim de caminharmos para Vós e, juntos, termos a ousadia de dizer: ‘Pai-Nosso’".
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