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"A graça das relações fraternas": Papa recorda a viagem à Romênia

Na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice recordou as principais etapas de sua recente visita à Romênia.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

A recente viagem do Papa Francisco à Romênia foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira (05/06).

Na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice recordou as principais etapas de sua visita, agradecendo inicialmente às autoridades pelo êxito positivo desta missão.

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O lema da viagem, “caminhar juntos”, foi concretizado no programa. “Os diversos encontros evidenciaram o valor e a exigência de caminhar juntos seja entre cristãos, no plano da fé e da caridade, seja entre os cidadãos, no plano do compromisso civil.”

Ecumenismo

Francisco considera que os cristãos estão vivendo “a graça de viver uma estação de relações fraternas entre as diversas Igrejas”.

“A união entre todos os cristãos, mesmo incompleta, está baseada no único Batismo e é sigilada pelo sangue e pelo sofrimento sofrido juntos nos tempos obscuros da perseguição, em especial no século passado sob o regime ateísta.”

De modo especial, o Papa citou a oração do Pai-Nosso na “nova e imponente” Catedral Ortodoxa de Bucareste com o Patriarca Daniel e o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Romena.

“Este foi um momento de forte valor simbólico, porque o Pai-Nosso é a oração cristã por excelência, patrimônio comum de todos os batizados. Ninguém pode dizer 'Pai meu' e 'Pai seu'. Não. Pai-Nosso, patrimônio comum de todos os batizados. Manifestamos que a unidade não cancela as legítimas diversidades. Possa o Espírito Santo nos conduzir a viver sempre mais como filhos de Deus e irmãos entre nós.”

Comunidade católica

Falando sobre a comunidade católica local de rito grego e latino, “viva e ativa”, Francisco citou os momentos em comum, sendo um deles a Divina Liturgia em Blaj, com a beatificação de sete bispos mártires greco-católicos, perseguidos pelo então regime comunista. Um deles, Dom Iuliu Hossu, durante a prisão escreveu: “Deus nos mandou nessas trevas do sofrimento para dar o perdão e rezar pela conversão de todos”. "Pensando nas terríveis torturas a que foram submetidos, essas palavras são um testemunho de misericórdia", afirmou o Papa.

A última etapa da viagem foi a visita à comunidade cigana de etnia Rom de Blaj. “Nesta cidade, os Rom são muito numerosos, e por isso quis saudá-los e renovar o apelo contra toda discriminação e pelo respeito das pessoas de qualquer etnia, língua e religião.”

Francisco concluiu pedindo a intercessão da Virgem Maria para que a viagem apostólica traga abundantes frutos para a Romênia e para a Igreja naquelas terras.

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05 junho 2019, 09:44