Papa nomeia cardeal Raymundo enviado para o centenário da coroação de Nossa Senhora de Chiquinquirá
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco nomeou o arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, seu Enviado Especial para a celebração dos cem anos da coroação de “Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá”, Padroeira da Colômbia.
A celebração do centenário de coroação se realizará no Santuário Mariano Nacional de Chiquinquirá, em 9 de julho próximo. A notícia foi divulgada, nesta terça-feira (25/06), pela Sala de Imprensa da Santa Sé. A celebração coincide com as comemorações do bicentenário de Independência da Colômbia.
Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, cuja festa é celebrada no dia 09 de julho, foi proclamada padroeira da Colômbia pelo Papa Pio VII em 1829. Em 1919, houve a cerimônia de coroação. E em 1927, o Santuário foi declarado Basílica pelo Papa Pio XI.
Chinquinquirá é uma pequena cidade situada às margens do rio Suárez, na Colômbia. É também conhecida como capital da província do ocidente e capital religiosa da nação. Seu nome, na língua dos índios Chibcha, significa “povo sacerdotal”.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma saudação ao cardeal Raymundo. Eis o texto.
Brasília-DF, 25 de junho de 2019
Estimado irmão, Cardeal Raymundo,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) alegra-se com a sua designação como Enviado Especial para a celebração do Centenário da Coroação da “Virgem del Rosário de Chinquinquirá”, padroeira da Colômbia, que acontecerá no próximo dia 9 de julho, coincidindo com as comemorações do bicentenário da Independência daquele país.
Saudando-o por esta designação, recordamos as palavras de Pio XII, mais tarde repetidas por são João Paulo II, em junho de 1986: “A Colômbia é um jardim Mariano, em cujos santuários domina, como o sol entre as estrelas, Nossa Senhora de Chiquinquirá”.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
História da coroação de Nossa Senhora de Chiquinquirá
Em 1908, o provincial dos dominicanos, frei Vicente María Cornejo, e o prior do Santuário, frei José Ángel Lambona, pediram à Santa Sé, a coroação canônica da virgem, seguindo a recomendação da Conferência Episcopal da Colômbia. Os dominicanos custodiam a imagem sagrada de Nossa Senhora de Chiquinquirá.
O Papa São Pio X assinou um decreto favorável, em 09 de janeiro de 1910, no qual estabelecia o dia 09 de julho de 1919 como a data para a coroação.
Como preparação para esta celebração, os dominicanos realizaram uma extensa peregrinação pelos Estados de Boyacá, Santander, Cundinamarca, Caldas, Huila, Tolima e Antioquia, com uma cópia do quadro da imagem sagrada.
A cerimônia de coroação realizou-se na Praça de Bolívar, em Bogotá, em 9 de julho de 1919, na presença do núncio apostólico e do presidente da Colômbia.
O bispo de Tunja, dom Eduardo Maldonado Calvo, coroou as imagens do Menino Jesus e de Nossa Senhora, e disse: “Assim como hoje os coroamos na terra, assim mereçamos ser coroados no Céu”.
“Eu peço humilde e respeitosamente aos Arcebispos e Bispos aqui reunidos, que assim como a República foi consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, da mesma maneira, seja consagrada solene e publicamente, por voto nacional, à Santíssima Virgem, Rainha da Colômbia”, disse ainda o bispo naquela ocasião.
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