Quem é o jesuíta citado por Francisco no discurso às autoridades
Cidade do Vaticano
“No preâmbulo da Constituição da vossa República, quisestes consignar um dos valores fundamentais da cultura malgaxe: o fihavanana, termo que evoca o espírito de partilha, ajuda mútua e solidariedade; mas inclui também a importância dos laços familiares, da amizade e da benevolência entre os homens e para com a natureza. Revelam-se, assim, a «alma» do vosso povo e os traços peculiares que o caraterizam, constituem e lhe permitem resistir, corajosa e abnegadamente, às múltiplas contrariedades e dificuldades que tem de enfrentar diariamente. Se devemos reconhecer, valorizar e apreciar esta terra abençoada pela sua beleza e inestimável riqueza natural, não é menos importante fazê-lo também pela «alma» que vos dá a força de permanecer empenhados com a aina (isto é, com a vida), como bem lembrou o padre António de Pádua Rahajarizafy SJ”.
Em seu discurso às autoridades malgaxes na manhã deste sábado, 7, no Ceremony Building em Antananarivo, o Papa Francisco, ao falar sobre a identidade da cultura local, citou o sacerdote jesuíta António de Pádua, pedagogo, escritor e filósofo malgaxe, nascido em Antananarivo em 1911 e falecido em 1974.
Ele foi o primeiro superior provincial da Companhia de Jesus em Madagascar ( 1969) e o primeiro reitor malgaxe do prestigiado Colégio de São Miguel, fundado em Antananarivo em 1888 por missionários jesuítas franceses para formar catequistas, professores e funcionários.
Convicto defensor da identidade e da tradição malgaxe e autor de diversos livros e artigos, padre Rahajarizafy trabalhou ativamente para relançar os valores ancestrais da cultura local, sobretudo entre os jovens. Juntamente com o pastor Rakotobe-Andriamaharo, fundou a Academia Andrianampoinimerina.
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