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A oração do Papa diante do túmulo da Beata Victoria Rasoamanarivo

Victoria Rasoamanarivo foi beatificada por São João Paulo II em 30 de abril de 1989. É a primeira malgaxe a ser elevada às honras dos altares.

Cidade do Vaticano

Assim que deixou a Catedral em Antananarivo após o encontro com os bispos, neste sábado, 7,  o Papa Francisco foi, como esperado, rezar diante túmulo da Beata Victoria Rasoamanarivo, em uma pequena capela externa, a poucos passos da igreja.

De fato, o túmulo da Beata Victoria Rasoamanarivo é preservado dentro de uma capela circular, diante de um altar de pedra, muito simples, e de um crucificado, em um espaço construído para permitir a oração dos fiéis.

Victoria Rasoamanarivo

 

Nascida em Antananarivo em 1848, em uma das famílias mais poderosas do país, é educada segundo as crenças indígena de seus antepassados. Mas quando, em 1861, chegaram em Madagascar alguns missionários jesuítas franceses, a jovem se inscreve na escola missionária e em 1863 é batizada.

Em seguida, é dada em casamento a um alto oficial do Exército, violento e dissoluto. Não obstante isso, Victoria não questiona o Sacramento do Matrimônio e permanece ao lado do marido, que por fim, acaba aceitando receber o Batismo.

Em 1883, após o conflito franco-malgaxe,  os missionários católicos são expulsos e os fiéis acusados de traição. Mas Victoria continua a professar sua fé. Perseverante no oração, é encarregada de animar "L’Union Catholique", movimento de espiritualidade mariana.

Em 1886, os missionários retornaram ao país e Victoria se dedica a inúmeras obras de caridade em favor dos indigentes e doentes de hanseníase. Em 1890 sua saúde começa a piorar, vindo a falecer em 21 de agosto de 1894, aos 46 anos.

Em 30 de abril de 1989, em Antananarivo, São João Paulo II a proclamou  Beata, a primeira malgaxe autóctone a ser elevada às honras dos altares. Inicialmente, os despojos de Victoria são mantidos no Mausoléu de Rainiharo, o primeiro ministro do país falecido em 1852.

Mas mais tarde, em 1961, seus restos mortais são transferidos para a Casa Missionária em Ambohipo. Por fim, em 22 de agosto de 1993, são transladados para esta Capela onde o Papa Francisco rezou neste sábado.

Relações ecumênicas

 

Ao final do encontro com os bispos de Madagascar, e antes de deixar a Catedral de Andohalo, o Santo Padre, acompanhado pelo arcebispo de Antananarivo, Dom Razanakolona, encontrou  lideranças de três Confissões cristãs presentes em Madagascar:  anglicana (EEM – Anglican Church), luterana (FLM - Reformed Lutheran Church) e protestante (FJKM – Reformed Protestant Church of Jesus Christ in Madagascar. Deles, recebeu como presente uma Bíblia na tradução ecumênica e um manto malgaxe típico.

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07 setembro 2019, 16:12