Papa: além de uma mensagem de paz, a paz como mensagem
Jane Nogara - Cidade do Vaticano
Na tarde desta quinta-feira (31) o Papa Francisco foi até a Pontifícia Universidade Lateranense de Roma para o momento conclusivo do Simpósio sobre "Educação, direitos humanos, paz. Os instrumentos da ação intercultural e o papel das religiões". Na ocasião, foi realizada a inauguração de uma mostra sobre a educação à paz em memória do cardeal Jean-Louis Tauran. Francisco encontrou Representantes das Igrejas, das Comunidades e das Religiões, e diplomatas.
Pacto Educativo Global
No seu discurso afirmou: “Educar à paz quer dizer dar alívio e resposta aos que, infelizmente muitos, são condenados à morte ou ao abandono de seus lares e país de origem por causa dos conflitos e das guerras”. Francisco deixou claro que não podemos ficar indiferentes e nos limitarmos a invocar a paz, mas devemos construir e proteger diariamente a paz, dirigindo nossa oração a Deus.
Sobre as responsabilidades para com as novas gerações, o Papa recordou que:
Por isso a necessidade de um “pacto educativo amplo e em condições de transmitir não apenas conhecimentos de conteúdos técnicos, mas também e sobretudo de sabedoria humana e espiritual, feita com justiça, retidão, comportamentos virtuosos e em condições de ser realizados concretamente".
Reforçando sua afirmação diz que diante da falta de paz, não é suficiente invocar a liberdade, proclamar direitos ou utilizar a autoridade nas suas diversas formas.
Cardeal Tauran: construtor da paz
Ao comentar as obras da mostra, cuja linguagem é de diálogo, e se propõem como instrumentos para abrir novos caminhos de paz, o Papa afirmou que esse momento é ainda mais significativo porque nos recorda a obra de um homem de diálogo e construtor de paz, o cardeal Jean-Louis Tauran.
Depois de recordar que o Cardeal também foi homem do diálogo entre os povos, governos e instituições internacionais, pelo seu papel na diplomacia, completou recordando que:
“Como Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, nos fez entender que não basta deter-se diante do que se aproxima, mas é necessário explorar novas possibilidades para que as várias tradições religiosas possam transmitir, além de uma mensagem de paz, a paz como mensagem”.
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