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Bolívia: Papa pede clima de paz. Presidente Evo Morales renuncia

Francisco manifestou sua preocupação com a crise que eclodiu na Bolívia depois que Morales foi declarado o vencedor das eleições de 20 de outubro. Papa falou também da nova Beata espanholha e do novo Santo português.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

A Bolívia também esteve na intenção de oração do Papa no Angelus dominical.

“Convido todos os bolivianos, em especial os protagonistas políticos e sociais, a esperar com espírito construtivo, num clima de paz e de serenidade, os resultados do processo de revisão das eleições, atualmente em andamento.”

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O país sul-americano vive uma crise depois das eleições de 20 de outubro, quando o Tribunal Eleitoral confirmou a vitória do presidente Evo Morales para um quarto mandato, até 2025. Todavia, a oposição e os comitês cívicos denunciam fraude e exigem a renúncia do mandatário.

Desde então, as manifestações a favor e contra Morales já causaram pelo menos três mortos e 383 feridos. Logo após o apelo do Papa, o presidente anunciou sua decisão de renovar o Tribunal Supremo Eleitoral e convocar novas eleições. Já no final do dia, Evo Morales renunciou.

Beatificação e canonização

Depois da oração mariana, o Pontífice recordou ainda a beatificação no sábado em Granada, na Espanha, da Beata Maria Emilia Riquelme y Zayas, fundadora das Irmãs Missionárias do Santíssimo Sacramento e de Maria Imaculada. E em Braga, Portugal, a Missa de agradecimento pela canonização equipolente neste domingo de São Bartolomeu Fernandes dos Mártires.

“A nova Beata foi exemplar no fervor da adoração Eucarística e generosa no serviço aos mais necessitados; enquanto o novo Santo foi um grande evangelizador e pastor de seu povo. Um aplauso para eles!”

Terra e trabalho

Francisco mencionou por fim a celebração neste domingo, na Itália, do Dia Nacional de Ação de Graças pelos frutos da terra e do trabalho.

“Associo-me aos bispos para evocar o elo forte entre o pão e o trabalho, auspiciando corajosas políticas trabalhistas que levem em consideração a dignidade e a solidariedade e prevenindo os riscos de corrupção. Que não explorem os trabalhadores e que exista trabalho para todos. Mas trabalho verdadeiro, não trabalho de escravos.”

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10 novembro 2019, 12:20