Papa chegou em Nagasaki
Gabriella Ceraso - Cidade do Vaticano
É noite no Ocidente e manhã no Japão quando o Papa chega de avião sob uma forte chuva em Nagasaki proveniente de Tóquio, sendo acolhido por autoridades civis e eclesiásticas no aeroporto e por duas jovens em trajes tradicionais, que lhe oferecem flores.
A cidade é o centro de uma secular ação evangelizadora de missionários espanhóis e portugueses, iniciada em 1500, que lhe garantiu o apelido de "Pequena Roma" pela florescente cultura cristã que ali nasceu. Tão prósperos os cristãos quanto perseguidos, especialmente a partir do final do século XVI, quando as políticas nacionais transformam o Sol Nascente em um "país blindado".
O programa em Nagasaki
Depois da tragédia nuclear em 9 de agosto de 1945 ao final da Segunda Guerra Mundial, da qual permanece hoje, como sinal visível, o Museu da Bomba Atômica de Nagasaki - epicentro da explosão da bomba lançada pelos estadunidenses - que preserva muitas das relíquias do bombardeio.
É ali a primeira parada de Francisco em Nagasaki, dentro do Parque da Paz, onde fará sua oração silenciosa e deixará mensagem.
Depois, de carro, desloca-se três quilômetros para outro local de sofrimento, o Nishizaka Hill, onde um monumento em tijolo vermelho recorda o martírio de São Paulo Miki e 24 companheiros, por ordem do shogun Toyotomi Hideyoshi, em 1597. Crucificação depois de uma longa agonia: uma morte-martirio atroz que São Paulo Miki perdoa no momento da morte. Francisco vai ao local nos passos de São João Paulo II, para uma oração silenciosa e a recitação do Angelus.
A transferência para Hiroshima
Após o almoço no arcebispado, o Papa presidirá a celebração eucarística, a primeira no Japão, no Estádio de Beisebol. Ao final da Missa, a transferência imediata para o aeroporto para então ir a Hiroshima, onde o dia terminará com um dos momentos mais aguardados desta segunda etapa da 32ª Viagem Apostólica, o Encontro pela Paz no Memorial da Paz de Hiroshima. Depois, o retorno a Tóquio por volta das 20h, horário local.
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